Em meio às incertezas quanto o futuro da Lava Jato,
no mundo jurídico e das ciências políticas, o entendimento que se tem é que a
morte do ministro Teori Zavascki causou um enorme prejuízo para a Operação. De
acordo com o cientista político pela UFF, Antônio Lucena, a tendência é que as
investigações sejam interrompidas por dias ou até meses, até que os processos
de Teori caiam no colo de outro ministro.
"A Lava Jato como está pode ser desfigurada e
sofrer interrupções, com o processo chegando ao seu fim", alerta Lucena.
Todavia, na sua visão, "é preciso observar quem será o novo
ministro", disse.
Conforme Antônio Lucena, se a relatoria da Lava
Jato for para o novo ministro, gerará uma série de considerações de cunho ético
e moral. A avaliação que se tem é que se o presidente indicar uma pessoa para
abafar a Operação, sofrerá pressão da opinião pública, que quer o andamento do
processo. Do contrário, se indicar uma pessoa mais dura e direcionada ao
andamento da Operação, gerará problema com a base aliada. "É uma questão
complicada", sintetiza.
Lucena ressalta que a morosidade do processo é
interessante para a classe política, alvo do ex-ministro. Professor de direito
constitucional da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), Marcelo Labanca
põe em evidência o andamento da homologação das delações premiadas que Teori
iria realizar em fevereiro. O magistrado era o responsável pela homologação de
77 delações que deveriam sair já em fevereiro, o que impulsionaria o andamento
dos julgamentos.
E foi justamente com interesse de adiantar as
homologações que o magistrado cancelou suas férias para se debruçar nos processos.
Mesmo distante, Zavascki se comunicava com a equipe emitindo ordens judiciais
em processos sob sua responsabilidade. "E agora o que será
homologado?", lança o questionamento Labanca.
Para o advogado constitucionalista Emilio Duarte, a operação terá um retardo dado o próprio rito de substituição e o direcionamento que o futuro delator vier a tomar. "Ele era um juiz que já tinha conhecimento do processo. O outro que vier substituir não vai ficar vinculado às ações dele (Teori)", observa.
Para o advogado constitucionalista Emilio Duarte, a operação terá um retardo dado o próprio rito de substituição e o direcionamento que o futuro delator vier a tomar. "Ele era um juiz que já tinha conhecimento do processo. O outro que vier substituir não vai ficar vinculado às ações dele (Teori)", observa.
Moro
Responsável pelos processos da Lava Jato em primeira instância, o juiz Sergio Moro se disse perplexo com a morte do ministro. "Estou perplexo. Minhas condolências à família. O Ministro Teori Zavascki foi um grande magistrado e um herói brasileiro, exemplo para todos os juízes, promotores e advogados deste país.
Sem ele, não teria havido Operação Lava Jato. Espero que seu legado de serenidade, seriedade e firmeza na aplicação da lei, independentemente dos interesses envolvidos, ainda que poderosos, não seja esquecido", disse o magistrado.
Responsável pelos processos da Lava Jato em primeira instância, o juiz Sergio Moro se disse perplexo com a morte do ministro. "Estou perplexo. Minhas condolências à família. O Ministro Teori Zavascki foi um grande magistrado e um herói brasileiro, exemplo para todos os juízes, promotores e advogados deste país.
Sem ele, não teria havido Operação Lava Jato. Espero que seu legado de serenidade, seriedade e firmeza na aplicação da lei, independentemente dos interesses envolvidos, ainda que poderosos, não seja esquecido", disse o magistrado.
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