quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Segundo ministro, Forças Armadas não assumirão o controle sobre prisões


De acordo com Raul Jungmann, o objetivo da ação é ajudar estados nas vistorias para "reduzir a possibilidade de novas rebeliões"

Em 10 dias, cerca de mil homens das Forças Armadas, dispostos em 30 equipes, estarão prontos para atuar nos presídios dos Estados, cujos governadores fizerem a solicitação formal ao governo Federal. A presença de equipes treinadas do Exército, Marinha e Aeronáutica não deve garantir o fim das rebeliões, que nos últimos dias matou mais de 150 presos, segundo o ministro da Defesa, Raul Jungmann.Segudo ele, o objetivo da ação é o de “reduzir a possibilidade de novas rebeliões”, na medida em que as Forças Armadas vão trabalhar em conjunto com as forças estaduais fazendo vistorias nos presídios, para detectar e retirar armamentos comuns entre os presos no país: objetos que servem de armas, além de drogas.

As Forças Armadas não terão contato direto com os detentos e nem enfrentará rebeliões. "Não vamos operar para controlar presídios e nem substituir forças locais”, disse Jungmann. “Mas o controle, o comando, a coordenação da operação de varredura e vistoria será das Forças Armadas”, continuou. ministro explicou que a entrada da Defesa para tentar acabar com a crise nos presídios não significa "fragilidade" do Ministério da Justiça, já que não cabe ao ministro Alexandre Moraes intervir nos presídios, sob responsabilidade legal dos Estados. Mas a Constituição dá poderes de auxílio determinado pelo Presidenet da República.

Em princípio, ele anunciou verba de R$ 10 milhões para equipamentos, treinamento e manutenção de pessoal na operação. O valor pode subir, assim como o efetivo anunciado, “conforme as solicitações dos governadores”. 
Até agora, porém, nenhum governador pediu ajuda do Palácio do Planalto nesse sentido. Mas o presidente Michel Temer tem reunião hoje com seis governadores do Norte, Nordeste e Centro Oeste, esperando receber essa demanda.

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