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Givaldo
Calado de Freitas
Alguns
nos censuram. A mim e a Emília, dizendo: “A casa de vocês vive sempre cheia.
Por que vocês permitem? Por que vocês não são mais seletivos?”. De repente,
esses alguns, que são bem poucos, vão querer que a gente, nessa seleção, exclua
do acesso a nossa casa aqueles amigos da cor preta ou amarela, passando a
receber somente os da cor branca.
Ora,
ora! Tanto eu quanto Emília gostamos de receber. E o fazemos até por tradição.
Da minha parte, porque vem de meus pais e de meus avós. Portanto, já uma das marcas
de minha família. Da parte de Emília, igualmente. Com seus pais e seus vós.
Casa sempre cheia. Agora, o fazemos com
grande prazer e alegria. E, mais importante, sem qualquer interesse menor.
Inconfessável. Na prática da convivência humana em que acreditamos, piamente,
e, por isso mesmo, praticamos de forma efetiva e cheios de felicidade.
Outro
dia, um desses poucos ousou em me dizer: “Ele vai à sua casa, mas fala de você.
Sai falando... Diz disso e daquilo”. Verdade, amigo? Tenho pena dele. Mas o tenho,
sem sentir. Porque não tenho tempo para esses sentimentos. Para mim, bola pra
frente.
Gosto
de meus domingos. Aqui, na terrinha ou lá na capital. Fico, às vezes, querendo
que cheguem logo para mandar a fadiga do trabalho e estresse dos problemas para
bem longe. Domingo, para mim, é dia de descontração. De repouso... “Como é a
história, Givaldo? Pois para mim é dia de tomar todas. De chegar em casa de
quatro. E só acordar na segunda. Por cima, arretado”. Pois é amigo. Eu entendo
e respeito seu gosto. Só espero que você...
Vou continuar largo. Aberto a ouvir tudo e de todos.
Agora: que todos fiquem certos: minha aptidão para discernir é grande. E real.
Não queiram me encarar, não. Que estou percebendo tudo. Posso até não dizer
nada. E não digo. Mas, em mim, está tudo se registrando. Posto que, sem que eu
absorva o “golpe” que queiram me perpetrar. No mínimo, minha intuição acende.
Se é que não já vive acesa.
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Figura pública. Empresário.
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