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Givaldo
Calado de Freitas
Animado.
Mais animado. Mais animado? Não. Não entendo o “mais animado”. Logo eu, que sou
sempre animado. Que estou sempre de bom humor. Porque sou homem de fé. De muita
fé. Que carrego no coração. Porque fora assim que me ensinou minha mãe. Com seu
olhar sério, é certo. Contudo, carinhoso. De quem ostentava inquebrantável fé.
Muita fé. Indizível fé. Fé até em seus sonhos. Quem sabe, sobretudo, em seus
sonhos. Conquanto, querendo-os reais. Exequíveis.
Carregando
todos os sonhos do mundo. Resguardo-me, todavia, na certeza de que não sou nada
além dos sonhos que carrego comigo. Que alimento. Que renovo. Sonhos renovados. Os mesmos. Mas
renovados. Meus sonhos. Sonhos meus. E ai de mim não fossem eles. Porque me
alimentam. Porque me reoxigenam. Porque renovam minhas esperanças. Apesar do
tempo. Do tempo que flui. Esse mesmo tempo que, para muitos, envelhece. Tira de
moda. Mas que a mim, rejuvenesce. Porque vem de dentro de mim. Do coração. Que
rejuvenesce. Da cabeça. Que se atualiza. Enfim, que em mim, levam-me à sensação
de perseguir, sempre e sempre, o atual. O contemporâneo. Do dia. Novinho em
folha. Que confere ausência ao passado. Mas que, dele, só como lição de vida.
Saio
da minha alcova... Do meu lar... Todos os dias, agradecendo a Deus pelo novo
dia. Sim, novo dia. Todo novo. E com os versos de Fernando Pessoa na mente. Que
guardo sempre:
“Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser
nada.
À parte isso.
Tenho em mim todos os
sonhos do mundo.”
Meu
Deus, eu quero continuar sonhando. Sonhando e realizando. Mas sempre segundo as
Vossas graças. As Vossas vontades. Mas sonhando e sonhando, enquanto a Sua
infinita bondade o desejar. E desses sonhos só hei de desistir quando o Senhor
os tirar de meu ser. Que nada mais é, senão, um depositário de Suas
vontades.
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Figura pública. Empresário.
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