terça-feira, 29 de março de 2022

Bolsonaristas apostam em verticalização de aliança com PP e Republicanos

 

Foto: Divulgação

Por Edmar Lyra 

O presidente Jair Bolsonaro contará com o apoio de partidos como PL, PP, Republicanos, PTB, PSC e Patriota. O Republicanos ainda era dúvida, mas com as chegadas do vice-presidente Hamilton Mourão, que disputará o Senado pelo Rio Grande do Sul, do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, que disputará o governo de São Paulo, e a ministra dos Direitos Humanos, Damares Alves, que disputará o Senado pelo Amapá, consolidaram a chegada da legenda para a coligação de reeleição do presidente da República.

Partindo desse pressuposto, há uma defesa, que antes era velada, mas que ontem foi tornada pública por bolsonaristas, que o PP e o Republicanos possam integrar formalmente a coligação liderada por Anderson Ferreira para o governo de Pernambuco. Há uma forte expectativa dos aliados de Anderson de que esse movimento possa prosperar.

O grande obstáculo é que os dois partidos já sinalizaram aliança com o PSB do pré-candidato Danilo Cabral e pretendem permanecer na Frente Popular. A questão é que o PP é um diretório constituído, o que dificultaria qualquer movimento mais brusco sem a anuência do presidente estadual da sigla, o deputado federal Eduardo da Fonte, uma vez que na eleição passada o senador Fernando Bezerra Coelho tentou levar o MDB para a oposição e não conseguiu justamente por conta de o diretório estadual ter autonomia para trilhar o caminho que julgasse pertinente no estado.

Enquanto o Republicanos é comissão provisória, o que daria, de acordo com uma fonte em reserva, a possibilidade de um direcionamento nacional para a coligação de Anderson. Esta fonte prossegue, lembrando os casos de disputas anteriores, como do PDT, que por duas vezes figurou em coligações opositoras mesmo sendo aliado do PSB em 2014 e 2018, por direcionamento nacional.

Prestes a concluir o prazo de filiação, que se encerra no próximo dia 2, ainda haverá muita expectativa quanto ao futuro destes partidos, que serão disputados tanto por Danilo Cabral quanto por Anderson Ferreira, que renderão preciosos segundos de guia eleitoral e a garantia de uma coligação mais robusta e representativa.

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