Por Edmar Lyra
Durante evento de aniversário de 100 anos do PCdoB no Rio de Janeiro, logo após o anúncio da filiação da deputada federal Marília Arraes ao Solidariedade, o deputado federal Danilo Cabral, pré-candidato a governador pelo PSB, esteve ao lado do ex-presidente Lula para demarcar espaço e evidenciar que o petista terá apenas um candidato em Pernambuco.
Fazendo um paralelo com a eleição de 2006, quando Lula teve dois candidatos a governador em Pernambuco, Humberto Costa e Eduardo Campos, há uma diferença significativa, uma vez que ambos tinham sido ministros de Lula e havia, naquele momento, um adversário comum, que era o candidato do PFL que disputava a reeleição.
O contexto de 2022 é totalmente diferente, quando Marília Arraes saiu de forma litigiosa do PT, e o partido de Lula estará formalmente na coligação liderada por Danilo Cabral, que por sua vez, terá o PSB como vice-presidente na chapa encabeçada por Lula cujo companheiro será Geraldo Alckmin. Mais do que isso, Danilo representa a continuidade de um projeto político vitorioso da Frente Popular de Pernambuco que se iniciou no já distante ano de 2006 com a vitória de Eduardo Campos.
A sólida aliança entre os dois partidos tanto para a presidência quanto para a disputa pelo governo de Pernambuco não permite posições dúbias. Marília Arraes tem todo o direito de dizer que apoia Lula, até porque o voto é livre, porém ela não deverá esperar reciprocidade do ex-presidente, que através de gestos, atos e imagens, provou por A mais B que tem apenas um candidato em Pernambuco, que é Danilo Cabral. Contra fatos não há argumentos que possam mudar esse cenário.
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