Por Magno Martins
Dos postulantes a bater ponto no Palácio das Princesas a partir de 1 de janeiro de 2023, apenas Marília Arraes, do Solidariedade, conseguiu fechar por completo a sua chapa. Rifado da Frente Popular, o deputado federal André de Paula, do PSD, será candidato a senador. A vice passa a ser ocupada pelo também deputado federal Sebastião Oliveira, líder do Avante na Câmara dos Deputados.
Conforme esta coluna antecipou, Sebá, como é mais conhecido, não seria impedimento para Luciano Duque, seu principal adversário em Serra Talhada. De antemão, já fumaram o cachimbo da paz tendo como único propósito eleger Marília a primeira governadora do Estado. Com Sebá na vice e André no Senado, Marília, política de perfil urbano, com forte inserção na Região Metropolitana, abre espaço na sua chapa para o Sertão e o Agreste.
Embora tenha também perfil urbano, André de Paula tem grande aderência no Agreste. Enquanto isso, o pré-candidato do PSB, Danilo Cabral, só, há pouco, conseguiu superar as divergências na escolha do candidato ao Senado, optando pela deputada estadual Teresa Leitão, do PT. Já a vaga de vice, segue em aberto e deve ser motivo de amplo debate interno na Frente Popular.
Sem estar contemplado em nada, o PCdoB, incluído na federação partidária liderada pelo PT, tendo ainda o PV, pode abocanhar a vice. O nome mais cotado é o da atual vice Luciana Santos, que se lançou para o Senado e, mesmo sem o apoio da Frente Popular, apareceu na frente na pesquisa do Instituto Opinião, com 11% das intenções de voto.
Sem o PP, de Dudu da Fonte, e agora o Avante, de Sebá, a Frente Popular se fragiliza. Ambas as lideranças controlam uma penca de prefeitos e o partido de Dudu é a segunda força governista na Assembleia Legislativa e na Câmara do Recife, o que, na prática, resulta num grande baque ao projeto de Danilo de suceder o governador Paulo Câmara Lenta.
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