Por Edoardo Ghirotto
O candidato do PT ao governo de São Paulo, Fernando Haddad, e dirigentes que integram a coligação do partido no estado têm trabalhado para convencer Luciano Bivar a desistir de disputar a Presidência e para atrair o União Brasil para a vice de Haddad.
O ex-prefeito discute a possibilidade com o vice-presidente do União Brasil, Antonio de Rueda, com quem mantém boa relação. As conversas têm a anuência de Lula.
Pelo desenho, PT e PSB se comprometeriam a apoiar a candidatura de Bivar ao Senado em Pernambuco. O deputado passaria a fazer parte da chapa liderada pelo pessebista Danilo Cabral, o que diminuiria o número de postulantes ao Planalto e possivelmente ajudaria o plano de Lula de ganhar no primeiro turno.
O União Brasil fez a convenção de São Paulo nesta semana e declarou apoio ao governador Rodrigo Garcia, do PSDB. O PT tem o interesse em enfraquecer a candidatura de Garcia, considerado um adversário mais difícil para o segundo turno do que o bolsonarista Tarcísio de Freitas, do Republicanos.
Dirigentes do União Brasil negam a possibilidade de acordo com o PT. Integrantes do partido que conversaram com Rueda dizem que as negociações do partido com Haddad tratam apenas do apoio a Lula no segundo turno.
As conversas, se de fato prosperarem, podem impactar na eleição de deputados do União Brasil em São Paulo. O partido prevê que nomes com histórico antipetista terão votação elevada no estado, como a advogada Rosângela Moro e o deputado Kim Kataguiri.
O PT tem até o dia 5 de agosto para definir o vice de Haddad. A ex-ministra Marina Silva, da Rede, e o ex-prefeito Jonas Donizette, do PSB, também são cotados para o posto.
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