Manifestantes caminharam em prol dos direitos das pessoas em sofrimento psíquico e pelo fim dos manicômios
O evento reuniu profissionais e usuários dos Caps AD, 24h e Infantojuvenil; profissionais dos programas de Residência Multiprofissional; estudantes e professores da Universidade de Pernambuco (UPE), Uninassau, Afya, Aesga, FIC e Unip; e também representantes e usuários dos Caps's dos municípios de Paranatama, Angelim, São João e Saloá.
O movimento partiu do Parque Euclides Dourado em direção ao Relógio das Flores, onde se encontra o antigo Hospital da Providência, cujo fechamento é um marco da luta antimanicomial na região. Ex-paciente da Providência, Romero Matias Miranda declarou: “Nós não precisamos de eletrochoque nem de energia elétrica. O Caps é a nossa luz”.
Desde o fechamento da Providência, em 2016, Garanhuns implementou sua Rede de Atenção Psicossocial (Raps), que hoje conta com três Centros de Atenção Psicossocial: o 24h, direcionado para urgências psiquiátricas, o AD, para usuários de álcool e outras drogas, e o Infantojuvenil.
A coordenadora de Saúde Mental do município, Geane Melo, comenta: “O que se passava na Providência atravessava o que a gente chama de direitos humanos. Foi uma luta incansável, mas sempre acreditamos que o que existia aqui era um cuidado encarcerado. Hoje, temos os Caps's, serviços que conseguem atender a população”.
A Semana da Luta Antimanicomial ocorre em alusão ao Dia Nacional da Luta Antimanicomial, comemorado em 18 de maio. O movimento antimanicomial advoga pelos direitos das pessoas com sofrimento mental. Além do combate à exclusão social, o movimento marca a luta pelo fim dos manicômios e hospitais psiquiátricos, prezando pelo direito do tratamento em liberdade e de viver em sociedade. Em 2024, a Semana teve como tema “A gente não quer só comida: a gente quer viver, trabalhar e amar em liberdade”.
Assessoria de Comunicação — Secretaria de Saúde de Garanhuns
Texto: Laís Guedes
Fotos: Hilton Marques (Secom)
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