sexta-feira, 17 de maio de 2024

O risco das deep fakes nas eleições

 

Por Edmar Lyra

As fake news sempre existiram e tiveram impacto nos processos eleitorais passados. A distribuição de panfletos apócrifos atacando determinado candidato era algo comum nos pleitos eleitorais e tinham poder devastador no processo eleitoral. Vários são os exemplos, como o de 1985 envolvendo Sérgio Murilo, o caso Maria do Socorro em 2004 que inicialmente tinha o poder de prejudicar a campanha de João Paulo mas acabou virando contra Cadoca, e outros episódios que marcaram eleições.

A sociedade evoluiu e a forma de disseminar notícias negativas dos adversários também evoluiu, em especial com o advento da internet, porém para as eleições deste ano as coisas tendem a piorar com a inteligência artificial, que poderá colocar falas falsas em vídeos envolvendo candidatos, e até que se prove que aquilo não é verdade, o estrago já estará feito na campanha eleitoral.

Esse talvez seja o maior desafio da justiça eleitoral, que terá que se adaptar a nova realidade, investigando e punindo quem utiliza as redes sociais para desqualificar seus adversários. A crítica verdadeira é bem-vinda e faz parte do processo democrático, mas a utilização de trucagens para ludibriar o eleitor é algo que atenta contra a tão esperada igualdade de oportunidades.

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