segunda-feira, 22 de julho de 2024

Frio, arte e cultura animam Serra Negra no segundo dia do Festival Pernambuco Meu País

Além da arte e cultura durante todo o dia da programação, o frio também chegou valendo, com muita neblina e garoa, dando aquele tom de inverno tão conhecido na região




Se no sábado o povoado de Serra Negra, município de Bezerros (Agreste pernambucano) normalmente já é animado, com a programação do Festival Pernambuco Meu País em Serra Negra ficou mais ainda. O inverno também chegou valendo, com muita neblina e garoa, dando aquele tom de inverno tão conhecido na região. Juntando o clima gostoso com as diversas atrações artísticas por vários pontos da região, e com todo mundo bem agalhado, o segundo dia do festival no alto da serra ainda fechou com chave de ouro com show do titã Paulo Miklos.

Mas a diversão começou logo cedo. O primeiro polo a encarar o inverno de verdade foi o do palco-caminhão País das Culturas Populares e a presenças das atrações Maracatu Nação Encanto do Dendê, Zeca Cirandeiro, Afoxé Elegbará e Mestra Totinha. Ainda teve uma atração surpresa. Parecia tudo terminado quando o palco foi ocupado por um aluno e cinco alunas do terceiro ano do ensino fundamental da Escola Joaquim Claudiano de Oliveira. As crianças, que participam do projeto literário Cultura na Escola, recitaram versos de literatura de cordel contando a origem da história de Bezerros e de Serra Negra deixando o público bestinha de tão emocionado. Foi lindo.

 

Debaixo da lona de circo, a tarde do segundo dia do Festival Pernambuco Meu País o país das Artes Cênicas recebeu algumas das melhores produções de dança e cênicas do Estado. O Grupo Magiluth trouxe para Serra Negra seu espetáculo “Luiz Lua Gonzaga”, uma celebração ao centenário do músico pernambucano Luiz Gonzaga. O trabalho tem como mote um conjunto de pessoas que esperam pela volta de um rei e divagam poeticamente sobre questões do ser e viver no nordeste. “Luiz Lua Gonzaga” não é uma história com começo, meio e fim, mas uma série de situações poéticas em homenagem ao Rei do Baião.

 

segundo dia do Cortejos Brincantes no Festival Pernambuco Meu País foi marcado pela diversidade de manifestações da cultura popular em Serra Negra, Bezerros. Teve para todos os gostos: Maracatu Xililique, Boi Arcoverde, Bloco Rural Estrelinha e o Grupo de Bacamarteiros Batalhão 56. Um dos grupos oriundos da Caravana do Palhaço Xilique de Limoeiro, o Maracatu Xilique animou o público com a tradição do Maracatu de Baque Virado. Para o produtor do grupo João Paulo Santos, foi uma oportunidade única de levar a arte do Xilique para outras regiões. “Foi uma satisfação enorme estar presente nessa iniciativa maravilhosa, especialmente por sermos do interior e estarmos aqui em Serra Negra não tem preço”, disse. 


A Companhia Laguz Circo e Teatro Itinerante e o Circo Muamba levaram, com muitas risadas e animação, as atividades circenses do Festival Pernambuco Meu País na noite deste sábado (20). O primeiro grupo nutre o humor da América Latina através de um elo construído entre o Ceará e a Argentina. Felipe Abreu, que é natural do Ceará e interpreta o palhaço Suspiro, citou o processo criativo voltado para a apresentação da noite em Serra Negra.

“Nós temos como a primeira inspiração a palhaçaria, que existe há milhares de anos e nós estamos sempre estudando. Para esse espetáculo, nós nos inspiramos nos palhaços da América Latina, com a dramaturgia de rua. A gente brinca com as coisas simples, sempre com o intuito de trazer as pessoas para as coisas simples da vida. Trazer de volta ao presente para se encantar”, explicou.

 

A renovação da cena musical pernambucana tem sido o destaque do palco País da Música do Festival Pernambuco Meu País 2024. Neste sábado (20), apresentaram-se na segunda etapa do evento, no povoado de Serra Negra, município de Bezerros (Agreste pernambucano), as bandas pop Dama do Rei, de Caruaru (também Agreste), e Guma, do Recife, que atraíram fãs para a cidade.

 

Também na música, o público pode se divertir com shows de artistas pernambucanos como Ciel Santos e Ylana, com participação especial de Gabi da Pele Preta, além do rock and roll de artistas consagrados, como o The Fevers e o titã Paulo Miklos, que fez um dos shows mais instigados da programação.

 

PERNAMBUCO MEU PAÍS – Reconhecido como o estado brasileiro que reúne uma das mais ricas identidades e diversidades culturais do País, Pernambuco vive uma experiência digna do porte de uma nação.


Realizado pelo Governo do Estado, com R$ 25 milhões de investimento estadual, passará por oito municípios do Agreste e Sertão pernambucanos com uma programação pensada no fortalecimento da produção cultural do Brasil, acolhendo as mais diversas linguagens artísticas.


Surge o conceito de um festival diverso e plural, voltado para atender a demanda de fazer circular a arte e suas expressões pela nação. Ao todo, o Festival Pernambuco Meu País apresenta uma grade montada com 80% de artistas locais.


O Festival Pernambuco Meu País é realizado pela Secretaria Estadual de Cultura (Secult-PE) e Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe). Além disso, conta com apoios das prefeituras das oito cidades que receberão o evento, assim como das Secretarias de Meio Ambiente (Sema-PE), de Saúde (SES-PE), da Mulher (SecMulher-PE), de Defesa Social (SDS) e de Turismo (Setur-PE), além da Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur), da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe), do Conservatório Pernambucano de Música (CPM) e também da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe). 

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