Por Edmar Lyra
A governadora Raquel Lyra permanece tentando ampliar sua base partidária. Sua última ofensiva foi entregar ao PV a secretaria de Juventude e Emprego, mas ao que tudo indica os movimentos não terminarão por aí. Não é novidade para ninguém que o PT sonha em integrar o governo Raquel Lyra, que por sua vez não faz objeções ao partido, em especial os senadores Humberto Costa e Teresa Leitão, que possuem excelente relação com a governadora.
A tucana tentou operacionalizar a entrada do PDT no seu governo, mas o movimento perdeu força com os desfechos de Caruaru e Araripina, então o Palácio do Campo das Princesas chegou à conclusão que precisa do PT para fortalecer o governo e consequentemente tentar a reeleição em 2026. Essa equação não é novidade. Em 2018, o então governador Paulo Câmara aproximou-se do PT ofertando-lhe a vaga de senador e venceu a eleição no primeiro turno.
Apesar de nunca ter conseguido ser protagonista no estado, indiscutivelmente o PT é uma espécie de fiel da balança em Pernambuco, tendo sido determinante nas eleições vencidas pelo PSB em 2006, 2010 e 2018, e nas disputas de 10, 18 e 22 acabou elegendo senadores. Nos bastidores, muitos petistas advogam da tese do entendimento com a governadora porque avaliam que ela tem muito o que oferecer ao partido, com robustas secretarias, a exemplo da Saúde que poderia ser entregue a um nome como Mozart Sales, que tem vasta experiência na área e seria um importante interlocutor de Pernambuco com o Palácio do Planalto.
Faltando menos de dois meses para as eleições municipais, a governadora Raquel Lyra já mira 2026, sabendo que o entendimento com o PT será meio caminho andado para que ela tenha chances reais de vitória na busca pela reeleição.
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