segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Raquel Lyra x João Campos: Uma antecipação do que vem em 2026

PAULISTA


O segundo turno das Eleições Municipais de 2024 em Paulista, no Grande Recife, é encabeçado diretamente pelos partidos dos padrinhos de cada candidato. De um lado, a governadora Raquel Lyra e o postulante Ramos, ambos do PSDB, e do outro, o prefeito reeleito da capital pernambucana, João Campos (PSB), ao lado do também socialista Júnior Matuto.

A cena, mais uma vez, mostra ao eleitor de Pernambuco um aperitivo do que poderá encontrar em 2026: um embate pelo governo do Estado entre Lyra e Campos.

A eleição na cidade de 235.231 eleitores também definirá qual dos partidos — PSDB ou PSB — terá mais prefeitos em Pernambuco, já que ambos conquistaram, até então, 32 prefeituras, contra 31 respectivamente. O número expressivo sinaliza qual legenda tem mais força no estado, detalhe que pode fazer a diferença em uma disputa para o governo.

OLINDA


As cidades de Paulista e Olinda têm um segundo turno definido no que parece ser mais um confronto entre a governadora Raquel Lyra (PSDB) e o prefeito reeleito do Recife, João Campos (PSB). Isto porque ambos declararam apoio a candidatos opostos nas cidades, uma ação que para alguns cientistas políticos significa o início da pré-campanha para o governo de Pernambuco, nas eleições de 2026.

“As eleições municipais deste ano de Pernambuco foram estadualizadas no sentido do debate político e nas estratégias do candidato. Houve uma polarização interna, digamos assim, entre a governadora Raquel Lyra e João Campos, para medir forças dentro dos apoios que têm nas demais cidades e que vão mapear e estruturar o palanque deles”, pontua o cientista político Felipe Ferreira.

Ao longo da última semana, por exemplo, João Campos participou de caminhadas ao lado de Júnior Matuto (PSB), candidato a prefeito em Paulista, e apareceu na propaganda política de Vini Castello (PT), postulante em Olinda. Em Paulista, com Ramos (PSDB), a governadora participou de peças publicitárias e nos últimos dias esteve nas campanhas de rua de seu colega de legenda, mas se mostrou tímida nas campanhas em Olinda, aparecendo poucas vezes nas ruas com Mirella Almeida (PSD).

"Raquel tinha candidatos diferentes no município que podem apoiá-la para governadora. Em Olinda, ela tendia a ter o apoio de Izabel Urquiza, caso o PL não faça seu candidato para governador. E tem um bom relacionamento com Mirella, que é a candidata do prefeito. Por conta disso, Raquel procurou aparecer com certas restrições em municípios em que ela tinha mais de um palanque na disputa”, explica.

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