Caruaru esta semana vive um verdadeiro pesadelo. Em menos de 24 horas seispessoas foram assassinadas no município (mas de 90 crimes de morte de janeiro até aqui), assaltos acontecem a todo momento no centro e nos bairros, professores estão em estado de greve e os mototaxistas, em protesto contra os que trabalham de forma clandestina, bloquearam as mais importantes avenidas da cidade, ontem pela manhã e à tarde.
Imagino que não está dando nem para a prefeitas Raquel Lyra (PSDB) respirar, com tanta bronca aparecendo de uma só vez e logo no começo do governo.
Alguns problemas, como os da área de segurança, têm mais a ver com o Governo do Estado, mas as questões dos professores e dos mototaxistas são exclusivamente da alçada municipal.
Como o governo está apenas começando, Raquel, que demonstrou competência quando foi deputada e secretária estadual, ainda pode dar a volta por cima, é claro.
Mas que o início está difícil, disso não tenho dúvida. Ainda mais quando está na lembrança a linda campanha feita pela caruaruense, que derrotou “de virada” o ex-prefeito Tony Geral.
A insegurança em Pernambuco não é privilégio de Caruaru. Mas desde o ano passado que a violência por lá está demais, tanto que o município foi destaque negativo até na imprensa do Sudeste por conta do alto número de homicídios.
Se não conseguirem reverter a situação, em vez de capital do Agreste ou Terra de Vitalino ou José Condé, começará a ser chamada de “capital do crime”.
Alguns leitores devem estar lembrados que durante um tempo Garanhuns foi chamada, num trocadilho infame, de “cidade do crime maravilhoso”.
Garanhuns hoje, porém, é um paraíso quando comparada a Caruaru. Aqui vivemos uma relativa paz e lá é como se estivessem em guerra.
*Na foto do G1 o protesto dos mototaxistas em Caruaru, nesta última quarta-feira.
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