Desde que foi lançada pelas
bases do PT pernambucano como candidata ao governo estadual, a vereadora
Marília Arraes sempre teve o cuidado de preservar a figura do senador Humberto
Costa, mesmo sabendo que ele nunca foi favorável à sua candidatura. Elogiava-o
em suas andanças pelo interior, destacava a liderança dele dentro do partido e
a contribuição que deu para estruturá-lo em Pernambuco desde a sua fundação nos
anos oitenta. Reciprocidade do senador não teve nenhuma e acabou sendo
“golpeada” pelo próprio PT, numa articulação de resultado político duvidoso,
envolvendo a cúpula petista e a do PSB, que vitimou também o ex-prefeito de
Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), impedido de disputar o governo de Minas
pelo presidente Carlos Siqueira. O senador teve importante papel na retirada da
candidatura de Marília mas, mesmo assim, ela afirma publicamente que irá votar
nele para a reeleição. Motivo não tem nenhum. Mas não quer ser acusada de
contribuir para um eventual insucesso eleitoral do colega de partido. O outro
senador, por razões óbvias, é o deputado Sílvio Costa, que esteve ao lado dela
em todas as horas. Porém, permanece indefinida em relação ao Governo do Estado,
embora se saiba, também por razões óbvias, que não votará em Paulo Câmara. Há
três outras opções no páreo - Armando Monteiro, Maurício Rands e Júlio Lossio -
mas por se dar bem com todos, talvez ela não fique com nenhum. Já está cuidado
de sua campanha à Câmara Federal e se o quadro político não se alterar, poderá
tornar-se o “puxador de votos” na chapa do partido.
INALDO SAMPAIO
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