Quando Izaías Régis conquistou seu primeiro mandato de deputado, em 2002, era filiado ao PSB e pegou carona na onda Lula, naquele ano.
Mas logo deixou o Partido Socialista. Em 2012, elegeu-se prefeito pelo PTB e deve a vitória a Silvino Duarte, porque Zé da Luz venceria a eleição não fosse a renúncia do ex para apoiar o petebista.
Quatro anos depois, se reelegeu prefeito com votação estrondosa.
Cada eleição, porém, é uma história. Em 2018 seus candidatos a deputado foram minoritários em Garanhuns. Armando ganhou para governador (nas urnas do município), mas Bolsonaro, apoiado de última hora por Izaías e Haroldo, levou uma surra de Haddad.
Garanhuns não ajudou a eleger o pior presidente da história do Brasil.
Em 2020, Izaías e Silvino novamente juntos tinham tudo para ganhar a eleição. Mas o "já ganhou", de um lado e a persistência, do outro, deram a vitória a Sivaldo Albino, filiado ao PSB que um dia foi o partido do seu rival polít
Agora, Izaías Régis é tucano. Está, junto com Armando, no palanque de Dória, de José Serra, Geraldo Alckmin, Aécio Neves e Fernando Henrique Cardoso.
Pelos nomes se chega à conclusão que é o partido da alta burguesia, a começar pelos ricos de São Paulo.
Armando Monteiro, duas vezes derrotado por Paulo Câmara na disputa pelo governo de Pernambuco, agora aposta suas fichas em Raquel Lyra, que pertence a uma família de administradores competentes e está fazendo um bom trabalho em Caruaru.
Mas na eleição do próximo ano, em Garanhuns, a pergunta poderá ser: os socialistas trouxeram para a Suíça Pernambucana a Barragem de Cajueiro, a UPAE, o curso de Medicina, o Expresso Cidadão, a Escola Técnica, o Centro de Oftalmologia, fizeram o asfalto até São Pedro, cuidaram da população no período crítico da pandemia, estão doando área inteiras pertencentes do Estado para contribuir com o desenvolvimento da cidade.
E seu Armando e dona Raquel, já fizeram o que mesmo por Garanhuns?
Armando Monteiro foi deputado federal, senador e presidente da Confederação Nacional da Indústria, mas nunca trouxe nada relevante para o município.
Não é uma posição política do jornalista. É uma constatação da realidade. A verdade, como se sabe, incomoda, às vezes é violenta e dói.
Izaías, no próximo ano, poderá passar pela via crucis que Dudu enfrentou em Capoeiras, em 2020. Ganhou uma eleição, mas uma rejeição de contas na Câmara lhe impediu de assumir o mandato.
Será que o ex-prefeito tem um plano B? Sua filha Michelle, pessoa bem quista na cidade, não seria uma solução para o problema jurídico que inevitavelmente irá enfrentar?
Vamos aguardar os acontecimentos. Agora tucano, provavelmente o antigo gestor estará no palanque de Dória (ou Eduardo Leite), candidato que no momento tem menos de 5% nas pesquisas eleitorais.
No segundo turno, se houver, caminhará novamente com Bolsonaro? Porque com Lula desta vez quem estará será Sivaldo, Cayo e todo o PSB. Pelo menos é isso que se desenha no momento. 2022 está bem aí.