Por Edmar Lyra
Em um mês desde a sua filiação ao Democratas, o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, colecionou uma série de fatores que beneficiaram sua pré-candidatura a governador de Pernambuco, enquanto seus principais concorrentes oposicionistas parecem inertes e pouco dispostos a tentar a cadeira de Paulo Câmara em 2022.
Após a filiação, Miguel teve a consolidação da fusão entre o seu partido e o PSL, formando o União Brasil, que lhe garantirá o maior tempo da televisão da oposição. Ele também teve a confirmação do apoio do Podemos do deputado federal Ricardo Teobaldo, que também reforçou a confiança de diversos atores no seu projeto. Com União Brasil e Podemos, Miguel contaria com 92 deputados federais em seu guia eleitoral, o que lhe daria robusto tempo de televisão. Outro fator foi a sua movimentação em diversas regiões do estado, onde ele visitou nada menos do que 11 municípios dando início ao objetivo de estar em 70 cidades pernambucanas até dezembro.
Enquanto Miguel Coelho se movimenta, Anderson Ferreira e Raquel Lyra, que sinalizaram para uma convergência entre ambos que reunirá PSDB, PL, PSC, Patriota e Cidadania, garantindo a maior frente partidária da oposição, seguem sem qualquer movimentação mais clara com vistas a 2022, dando margem para que muita gente desconfie de que Raquel será mesmo candidata no próximo ano, e sobre Anderson abrindo expectativa de que ele possa aceitar disputar o Senado tanto na chapa de Miguel quanto na Frente Popular.
Está evidente que se Anderson Ferreira e Raquel Lyra pretendem consolidar um projeto para Pernambuco que não fique a reboque de Miguel Coelho, eles terão que caminhar para emitir sinais à classe política e mais fortemente ao eleitor pernambucano de que realmente estarão no jogo de 2022, sob pena de perderem o protagonismo para o nome escolhido pelo PSB e para o prefeito de Petrolina, que está consolidando sua imagem para disputar o Palácio do Campo das Princesas no próximo ano.
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