quarta-feira, 20 de outubro de 2021

A legitimidade constituída

 

Crédito: Paulo Paiva

Por Edmar Lyra

As eleições de 2014 trouxeram a ascensão do técnico Paulo Câmara, que passou pelas importantes secretarias de Administração, Turismo e Fazenda durante os dois governos Eduardo Campos para a condição de candidato do conjunto de forças da Frente Popular liderado pelo PSB. O então desconhecido cresceu nas pesquisas e acabou vencendo em primeiro turno, no meio do caminho um fatídico acidente que vitimou Eduardo Campos e mudaria para sempre a história política de Pernambuco.

Ao longo dos primeiros quatro anos de governo, Paulo Câmara enfrentou uma série de desafios, de ordem administrativa, política e até mesmo financeira. Em meados de 2017 muitos apostavam que ele sequer seria candidato à reeleição, mas não só foi confirmado na disputa como mais uma vez venceu a eleição em primeiro turno, desta vez mais apertada, mas o efeito prático foi alcançado que era ganhar a disputa.

Segundo mandato e novos desafios enfrentados, com o agravante da pandemia do novo coronavírus que obrigou toda a humanidade a ter que se reinventar, e no governo Paulo Câmara não foi diferente. Costurando com as próprias linhas, Paulo enfrentou os desafios e chega ao penúltimo ano do seu mandato em uma situação financeira e fiscal infinitamente melhor do que os seis primeiros anos de governo, graças ao zelo da sua equipe com a gestão e com a entrega de resultados.

A disputa pelo Senado Federal em 2022 tem diversos nomes legitimados para pleitear o posto, mas com a vênia necessária, é preciso reconhecer que de todas as opções, Paulo Câmara estaria mais legitimado no arco de forças da Frente Popular para ser o nome para a Câmara Alta.

A equação, apesar de complexa, é de total viabilidade de execução, uma vez que tendo o aval de Lula, principal eleitor de Pernambuco em 2022, sabendo da importância do apoio formal do PSB no âmbito nacional, poderia abrir mão de o PT indicar um nome para a majoritária, desde que pudesse apresentar um suplente que venha a substituir Paulo Câmara em caso de vitória dele próprio para o Senado e de Lula para a presidência, num eventual ministério. Os demais atores que sonham com o Salão Azul poderiam ter compensações, sobretudo num momento de desafios da nova regra eleitoral, quando manter o que tem é muito mais importante do que sonhar com projetos maiores.

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