Por Edmar Lyra
Com uma carreira meteórica, tendo sido eleito pelo MDB em 2014 como deputado federal pela primeira vez, Rodrigo Pacheco acabou eleito senador por Minas Gerais em 2018 pelo Democratas, surpreendendo todos os prognósticos daquela eleição. Em apenas dois anos de mandato, novamente Pacheco surpreendeu e acabou eleito presidente do Senado no início deste ano, passando a desempenhar uma função importantíssima na linha sucessória do nosso país.
Hoje ele oficializa a sua filiação ao PSD com um claro objetivo de disputar a presidência da República em 2022. Mais um nome na congestionada terceira via, Pacheco terá o desafio de se tornar conhecido pelo eleitorado e posteriormente ficar competitivo a ponto de desbancar primeiramente seus concorrentes na terceira via e depois tentar quebrar a polarização instituída no país entre o atual presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula.
A tarefa não é das mais fáceis, haja vista que nomes com um perfil conciliador como o de Pacheco tiveram resultados muito aquém do esperado nas urnas, haja vista o desempenho de Ulysses Guimarães em 1989 que tinha o maior tempo de televisão daquele pleito, tinha atuado fortemente nas Diretas Já e também na Constituinte, e ainda assim figurou apenas na sétima colocação com 4,73% dos votos válidos.
Mais recentemente, Henrique Meirelles, que tinha sido ministro do governo Michel Temer, sendo uma unanimidade na Fazenda ao contribuir para dissipar os efeitos da crise econômica do governo Dilma Rousseff, decidiu ser candidato em 2018, e ficou na sétima colocação com apenas 1,20% dos votos válidos.
Os números de Meirelles e Ulysses mostram que não é tarefa fácil sair das articulações de Brasília e tornar-se competitivo a ponto de ganhar uma eleição presidencial, o que evidencia o longo caminho a ser percorrido por Rodrigo Pacheco no sentido de ter alguma chance de ser eleito no próximo ano, ou pelo menos não ter um desempenho que diminua o protagonismo alcançado pelo cargo que ocupa na capital federal.
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