O PDT possui uma trajetória importante na esquerda brasileira, sendo a principal legenda no campo progressista após o PT e o PSB. A sigla possui 28 deputados federais eleitos em 2018 e tem colocada a pré-candidatura do ex-ministro Ciro Gomes a presidência da República.
Três vezes candidato à presidência, Ciro Gomes novamente se coloca como alternativa para disputar o Palácio do Planalto em 2022, mas todas as pesquisas têm apontado a inviabilidade da candidatura, que perdeu sua razão de existir com a entrada do ex-presidente Lula, líder absoluto em todos os levantamentos.
O PDT possui atualmente nove pré-candidatos a governador, porém tem chances efetivas de vitória em três estados, o que exigiria uma reavaliação do projeto nacional em prol de fortalecer a bancada federal e aumentar a competitividade dos seus candidatos majoritários em 2022.
Isso se daria com maior efetividade no bojo de uma participação na federação liderada pelo PT, que já tem outras legendas como o PSB, o PCdoB e até mesmo o PSOL, que já avalia o ingresso neste projeto. A chegada do PDT resolveria a equação dos parlamentares nos estados e possibilitaria uma ampla frente parlamentar em torno do projeto do ex-presidente Lula, que se eleito, poderia ter uma base homogênea de até 200 deputados federais.
A saída de Ciro Gomes do páreo é de longe o melhor caminho a ser adotado, tanto para o próprio postulante, que evitaria o risco de repetir Marina Silva em 2018 que terminou com 1%, quanto para a bancada do partido que teria melhores condições de renovar seus mandatos em 2022, e para o próprio campo de esquerda, que consolidaria a possibilidade de Lula vencer no primeiro turno contra Jair Bolsonaro. É preciso que o presidenciável faça uma autorreflexão, pois a sua permanência no jogo é algo que terminará sendo ruim para todos os envolvidos.
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