Por Magno Martins
Paulinho da Força, presidente nacional do Solidariedade, ameaçou não apoiar mais a candidatura de Lula depois da estrondosa vaia que levou da militância petista em ato com sindicalistas. A hostilidade foi motivada pelo deputado ter votado a favor do impeachment da ex-presidente Dilma, em 2016.
Se esse for o critério para rejeitar apoios, na visão da militância vermelha, então, o PSB, principal aliado, que está indicando o neosocialista Geraldo Alckmin para vice, será crucificado. Dos 32 integrantes da bancada na Câmara dos Deputados, 29 votaram pela degola da ex-presidente.
Entre os nomes do partido que deram aval para tirar o PT, as únicas exceções foram Janete Capiberibe (AC), César Messias (AC) e Bebeto (BA). A bancada do PSB pernambucana votou fechada pelo impeachment, entre os quais, Danilo Cabral, o Coronel Danulo, pré-candidato do PSB ao Governo do Estado, seguido por Danilo Cabral, Gonzaga Patriota, Fernando Bezerra Coelho Filho, Tadeu Alencar, Marinaldo Rosendo e João Fernando Coutinho.
Todos votaram, não pelo suposto crime de responsabilidade das chamadas "pedaladas fiscais", mas pelo conjunto da obra: um cipoal de escândalos na era Dilma que, por pouco, não quebrou a Petrobras e outras estatais. Mas são esses mesmos parlamentares que hoje estão pedindo a volta do PT como tábua de salvação, passaporte para o Brasil entrar no reino dos céus.
Lula pode até não ter roubado, como dizem os caras de paus, mas deixou roubar. E muito! Toda a sua quadrilha foi presa, inclusive ele. E muitos, em delações premiadas, devolveram uma bolada do dinheiro roubado. Só Antônio Palocci, dono do cofre no Governo Lula, devolveu R$ 100 milhões. Mas Lula não sabia que ele roubava!
Agora, parece tarde! - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, no último sábado, que todos estão “juntos para restituir o diálogo, o respeito, os direitos dos trabalhadores e a democracia”. Lula escreveu uma mensagem em seu perfil no Twitter ao compartilhar uma publicação da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, em que ela diz que o Solidariedade e o presidente do partido, deputado Paulinho da Força, são “muito importantes” para a democracia e a reconstrução do Brasil. As publicações de Lula e de Gleisi foram feitas um dia após Paulinho da Força cancelar o evento em que o Solidariedade formalizaria o apoio à candidatura do petista.
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