sábado, 13 de julho de 2024

GARANHUNS E A VIZINHANÇA PRESTIGIAM ABERTURA DO FIG

 Por Gerson Lima


Embora com mais de trinta anos de existência nunca tenhamos aprendido o que fazer com o FIG para tirar melhor proveito econômico, gerar divisas nacionais e internacionais a longo prazo e fomentar células de seu DNA para o resto do ano, a municipalização do evento até que tem dado uns pulinhos louváveis. 

A divulgação pífia e doméstica, sem um planejamento estratégico não nos dá ainda a conquista de um perfil sofisticado de turistas, mas a vizinhança Agrestina veio prestigiar a abertura dessa edição do FIG e a cidade volta a fervilhar. 

Tudo graças apenas a programação que antecipadamente fui cuidada, e só. Não há clima decorativo na cidade, não há sequer uma logo marca informando a edição do evento, mas a festa está aí pra a gente chamar de “muita gente”. 

E vai ser bom. Me divirto todos os anos com as polêmicas endêmicas que envolvem o evento mesmo sabendo que algumas só provocam latidos de defesa de cães de guarda da mídia do governo municipal, justificativas doidinhas e rufados estéreis dos insatisfeitos  que  apontam falhas sem apresentar sugestões de nada. Nada mais. 

O quintal feito pelo restaurante Soul, estendendo seu camarote até o piso da Praça, comercializando espaços para um público específico foi uma dessas polêmicas que obrigou o Gestor Municipal a ciscar nas Redes Sociais justificando o injustificável. 

A lambança da governança local não foi boa. Pois abre um precedente para outros se sintam no mesmo direito de fazer puxadinhos de seus camarotes podendo, aos poucos lotear o chão da Praça. Um risco para que o curral endereçado a imprensa seja diminuído, se crie  anéis de novos espaços para comercialização e por aí vai. 

O Soul é um boteco bastante frequentado pela alta cúpula da Secretaria de Cultura onde costumam consumir suas vitaminas destiladas. Se, entre uma e outra esse negócio foi firmado, nada passa de uma mera suposição usando-se a lógica. Apernas. 

Mas licitação é um documento que se faz com a regra que quiser. E dentre elas é bom colocar limites para não deixar espaço aberto para esse tipo de delito. Aliás, essa estória de colocar o povo na casa do cacete é antiga. 

Saiba que na Roma Antiga, os anéis mais altos das escadarias do Coliseu eram destinados as classes mais pobres. O esfaqueamento dos gladiadores era visto de mais perto pela nobreza e o camarote do Imperador ficava a poucos metros de rio de sangue da arena. 

E com direito a buffets, assim como é hoje. Mas naquela época nem Nero, Trajano, Deocleciano , Calígula ou qualquer Imperador, tinham celular para fazer vídeos explicando ao povo a malvadeza. Então, está na hora de evitar esse tipo de desgaste, até mesmo para acabar com a lenda de que se pagando qualquer troco a Prefeitura, se obtém permissão para tudo. Ate eu não acredito nisso.

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