quarta-feira, 7 de agosto de 2024

As opções partidárias de Raquel Lyra

 

Foto: Divulgação

Por Edmar Lyra

Eleita pelo PSDB em 2022, a governadora Raquel Lyra conseguiu atrair para o seu arco de forças legendas como PP, PSD e Podemos, além de uma relação amistosa com PL, MDB e PDT. A expectativa do Palácio do Campo das Princesas é eleger cerca de 100 prefeitos em outubro que estejam filiados a uma dessas legendas.

Se atingir o objetivo, a governadora Raquel Lyra terá feito o dever de casa com vistas a 2026, quando ela tentará a reeleição. Há três caminhos no radar dos aliados da governadora: a primeira delas seria a permanência no PSDB, a segunda opção seria seguir para o PSD, por fim uma filiação ao PDT.

Pensando na conjuntura nacional, a governadora teria dificuldades para continuar no PSDB, uma vez que seu partido faz oposição ao governo federal, então uma permanência no partido seria delimitar em Pernambuco suas alternativas de alianças políticas, evitando uma parceria efetiva com Lula durante a campanha eleitoral.

O PSD, que possui ministros com Lula, é um partido que tem um pé em cada canoa, o que deixa claro que não terá um apoio formal a um presidenciável em 2026, mantendo uma relação próxima com o presidente sem deixar de lado o ex-presidente Jair Bolsonaro, então novamente poderia causar problemas de posicionamento para a governadora.

A última alternativa seria o PDT, legenda com que Raquel Lyra tem uma relação histórica através do seu tio Fernando e do seu pai, que já foram filiados ao partido. Neste contexto, ela teria maior mobilidade para garantir ao menos a neutralidade de Lula em Pernambuco, podendo até mesmo convergir para uma aliança formal a depender das circunstâncias. Essas equações dependerão do resultado das urnas, mas Raquel tem garantidos o PSD, o PP e o próprio PSDB, no PDT ela ficaria com tempo de televisão, teria controle partidário e mobilidade nacional.

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