De sexta (9/8) a domingo (11/8), a maior cidade do Agreste recebeu uma programação que levou música, circo, teatro, dança, cinema e outras manifestações artísticas por todos os cantos
Se o país é Pernambuco, Caruaru virou a capital da cultura no último final de semana. As centenas de atrações espalhadas pelos 19 polos do Festival Pernambuco Meu País, realizado pelo Governo de Pernambuco, por meio Secretaria de Cultura e Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco, em diversos pontos da cidade fizeram a capital do Agreste pulsar vida e arte por três dias, dos grandes shows no Pátio de Eventos aos cortejos da nossa cultura popular, passando ainda pelo cinema, artes visuais, gastronomia, teatro, dança, circo, moda e outras expressões culturais.
O palco Pernambuco Meu País, localizado no Pátio de Eventos Luiz Lua Gonzaga, reuniu quase 100 mil pessoas nos três dias, segundo dados da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE). A noite de abertura contou com o espetáculo homônimo ao festival, homenageando Naná Vasconcelos e Abelardo da hora, seguido pela cumbia da Academia da Berlinda, as canções marcantes de Lenine e o pagode romântico do carioca Dilsinho, um grande encontro de ritmos que marcou tanto quem estava na plateia, como quem estava em cima do palco.
“Eu me sinto muito privilegiado de participar de um festivais multiculturais como esse. Eu mesmo sou muito fã do Lenine, por exemplo, e assisti o show dele. E agora tendo essa oportunidade de levar minha música para lugares novos é o que me mantém vivo, tocar em palcos com vários artistas de vários segmentos, que acabam fazendo parte da minha identidade musical”, afirmou o cantor Dilsinho pouco antes do show.
E a segunda noite mostrou porque Caruaru é conhecida como a capital do Forró. Do próprio solo caruaruense veio a Zé do Estado para abrir a noite, que ainda contaria com a recifense Forró na Caixa, a poderosa sanfona do sergipano Mestrinho, e o piseiro do ilustre filho de Serrita que atende por João Gomes.
Já a última noite foi dedicada à MPB e a celebração das grandes vozes da música brasileira. A pernambucana Joanah Flor fez a abertura da noite, que ainda contaria com a gaúcha Filipe Catto fazendo um arrebatador show celebrando Gal Costa, além da veterana Ana Carolina cantando os sucessos de Cássia Eller e os seus, e Maria Gadú encerrando a programação caruaruense do palco.
Um país das artes
Mais cedo ali perto, a Estação Ferroviária recebia o País das Culturas Populares, com uma programação voltada ao poder das expressões culturais populares do estado. País este que também estendeu suas fronteiras para diversos pontos da cidade, como o Alto do Moura, o Marco Zero da cidade, o Monte Bom Jesus e a Feira de Caruaru, que receberam diversos cortejos de Cultura Popular, abraçando expressões do maracatu, boi, caboclinhos, bacamarte, ciranda, blocos carnavalescos, cirandas, bandas de pífanos e diversas outras expressões.
No último dia, por exemplo, o Boi da Macuca fez um cativante cortejo pelas vias do Alto do Moura, levando o público para celebrar uma das grandes forças da cultura popular pernambucana. “Participar deste cortejo no Alto do Moura está sendo bem gratificante para a Macuca, porque tem relação com a cultura popular e promove a música de Luiz Gonzaga e Dominguinhos. Toda iniciativa para fomentar a cultura popular e interagir com música contemporânea, é sempre muito salutar. Cultura vive disso, e vai se movendo com o tempo. Essa oxigenação no estado todo é muito saudável”, avaliou o diretor da Macuca, Rudá Rocha.
Outros pontos icônicos de Caruaru também se transformaram em novos países. O polo gastronômico da Feira de Caruaru se transformou no País da Cultura Alimentar, com chefes de cozinha, pesquisadores e professores encantando os transeuntes com cheiros, sabores e muitos conhecimentos sobre a culinária pernambucana, nordestina e brasileira, a partir de vozes como a da chef Carmen Virgínia e da pesquisadora Rozélia Bezerra.
Ali pertinho, a Casa Rosada virou o País das Matrizes do Forró, como não poderia deixar de ser diferente na capital do ritmo, trazendo baião, xaxado, xote e outras vertentes para os três dias de festival. Já a ETE Nelson Barbalho abriu suas portas para o País do Cinema, com uma programação que incluiu mostras universitárias, de animação, além de exibição de filmes temáticos em parceria com a Secretaria da Mulher e a Secretaria de Meio-Ambiente e Sustentabilidade.
De volta a Estação, o palco-caminhão também virou nosso País da Música, com dias dedicados ao rock, pop e rap locais, agitando as noites do espaço. Por lá, passaram nomes como Bione, Okado do Canal, DJ Big, Saga HC e Romero Ferro. Fazendo fronteira com o espaço também tivemos o País do Circo Lona Alakazam, com dias inteiros dedicados a palhaçaria, ilusionismo, acrobacias e outros desdobramentos das artes circenses, recebendo nomes como nossa patrimônio vivo Índia Morena.
Também perto tivemos os países das Conexões Criativas e das Conexões Visuais, instalados na Estação Ferroviária, com exposições de artes visuais e fotografia, além de intervenções como as de light painting e desfile de moda. Por sua vez, a dança e o teatro estiveram presentes no País das Artes Cênicas e País das Conexões Urbanas, espalhados por teatros e praças da cidade, com apresentações como os espetáculos “Sopro d´Água”, “Na Bagagem Poesia” e “A Fantástica Fábrica de Brega Funk”.
PERNAMBUCO MEU PAÍS - O Festival Pernambuco Meu País passará também pelos municípios de Triunfo (16 a 18 de agosto), Arcoverde (23 a 25 de agosto) e Buíque (30 de agosto a 1º de setembro). Ao longo da programação, serão realizados shows, espetáculos teatrais e circenses, exposições visuais, mostras de cinema, intervenções artísticas e muitas outras atividades de linguagens como artesanato, design e moda, gastronomia e literatura, de forma gratuita, para todas as idades.
O objetivo é promover a conexão de linguagens artísticas pernambucanas e nacionais e apresentar à população do estado e turistas, de forma lúdica e comunicativa, uma conexão entre as regiões, cidades, identidades, gêneros, conceitos artísticos e dinâmicas do fazer de um povo que, historicamente, tem sua cultura como parte da identidade de estado-país. Ao todo, o Festival Pernambuco Meu País contará com 80% de artistas locais, beneficiando 700 mil pernambucanos de forma direta.
O Festival Pernambuco Meu País é realizado pelo Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria de Cultura (Secult-PE) em conjunto com a Fundação de Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe). Contando ainda com apoios das prefeituras das oito cidades que receberão o evento, assim como das Secretarias de Meio Ambiente (Sema-PE), de Saúde (SES-PE), da Mulher (SecMulher-PE), de Defesa Social (SDS) e de Turismo (Setur-PE), além da Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur), da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe), do Conservatório Pernambucano de Música (CPM) e também da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe).
Para mais informações, acesse www.cultura.pe.gov.br/festivalpernambucomeupais ou a conta no Instagram @festivalpernambucomeupais.
Assessoria de Comunicação
Secretaria de Cultura de Pernambuco
Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco - Fundarpe
(81) 3184.3118 / 3184.3107 / 3184.3089
Nenhum comentário:
Postar um comentário