Com o objetivo de preservar o único manancial que abastece o município de Lagoa do Ouro, situado no Agreste do estado, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) realizou mais uma ação de fiscalização para identificar furtos de água e contou com o apoio da Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC), do Ministério Público do Estado (MPE) e da Polícia Militar. A operação ocorreu, ontem (21), e percorreu um trecho de 20 quilômetros ao longo do Riacho da Palha, manancial de onde é captada água para a barragem que atende a população de Lagoa do Ouro, em torno de seis mil pessoas.
Durante a fiscalização, a Apac notificou 12 propriedades da região que estavam retirando água do riacho sem autorização, por meio de pequenas barragens, para ser utilizada na irrigação de plantações de batata-doce. Também foram recolhidas duas bombas. "A cidade está vivendo uma crise hídrica, a estiagem prolongada levou a reduzir significativamente o nível da Barragem do Riacho da Palha, que está agora com 3% da sua capacidade total, que é de 25 mil metros cúbicos. Por isso, as retiradas de água ao longo do riacho estavam agravando a situação. Vamos monitorar os resultados da operação", informa o gerente da Unidade de Negócios, Igor Galindo.
Nesta semana, devido à queda no nível da barragem, a Compesa precisou adotar o calendário de abastecimento no município - que antes recebia água todos os dias - com o rodízio de um dia com água para 12 dias sem. A cidade, conta com 2,2 mil ligações, foi dividida em três setores que são atendidos com uma vazão de 9,3 litros por segundo, sendo necessário a Compesa dar um intervalo de oito dias para voltar a retirar água da barargem. Os imóveis localizados nas áreas mais críticas da rede que não forem abastecidos, receberão reforço com carros-pipa ao final de cada ciclo do calendário.
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