A quantia estava próxima ao caixa do estabelecimento. O funcionário encontrou o valor e encaminhou ao gerente do local
A história começou quando José Marcos de Campos Bonfim, analista do Banco Central, sacou R$ 1.260 em um caixa eletrônico da 406/407 Sul. O dinheiro seria destinado ao pagamento de contas da mãe dele. O servidor público as notas em um envelope e foi fazer compra no supermercado vizinho. Precisa de um galão de 5 litros de água.
José Marcos, porém, entrou no Pão de Açúcar com o envelope, e com ele permaneceu durante as compra, até passa o galão de água no caixa. "Assim que realizei o pagamento, sai de lá e me dei conta de que tinha perdido R$ 1.260", conta. Bonfim voltou ao caixa, mas o dinheiro não estava mais lá, nem a funcionária que o tinha atendido. "Na hora, já tinha perdido as esperanças. Não passou pela minha cabeça falar com a gerência", comenta.
O servidor público não queria criar constrangimento, ao supostamente demonstrar desconfiança. À tarde, a dúvida permaneceu na cabeça de José Marcos. "Decidi voltar mais uma vez ao supermercado, para consultar o serviço de câmeras. Mas nem foi preciso. O gerente logo apareceu com o envelope na mão. Fiquei muito surpreso", ressalta. No momento, ele soube que o empacotador havia encontrado o pacote e entregue ao seu superior. Já a caixa, deixou o posto para ir ao banheiro, logo após atendê-lo. Por isso não a reencontrou.
O homem queria agradecer quem tinha devolvido o valor. Por isso, marcou com o gerente o encontro com o empacotador, na manhã desta sexta-feira. "Coisas assim precisam ser divulgadas. Temos que dar o exemplo para nossa cidade. Sérgio é um modelo a ser seguido", destacou.
Exemplo para os filhos
Para o empacotador, o mais importante é permanecer com a consciência limpa. "Tenho dois filhos e é minha função passar essa lição para eles. Se eu preciso do dinheiro, imagina quem perde", ponderou. "Fiquei muito feliz com tudo. Nem passou pela minha cabeça ficar com alguma coisa", completou.
Sérgio trabalha no supermercado há 10 anos e recebe um salário mínimo (R$ 937). "Entro todos os dias às 6h e saio às 14h20. O dinheiro que achei era superior ao que ganho, mas não posso ficar com o que não é meu", concluiu. Ele mora no Paranoá, com a mulher e os dois filhos
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