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Givaldo
Calado de Freitas
Acordei, hoje, com sinais de grande cansaço e preocupação. Por que
negar, sobretudo, esse último?
Tá! Cansaço. Tudo bem... Afinal, meus dias a dia têm sido muito corridos
e longos. Há deles em que chego perto da exaustão. Ou dela mesmo. Mas... Tudo
bem! Eu gosto da labuta. E hei de continuar nela até o dia que Deus quiser.
O porquê do cansaço, portanto, fica explicado. Afinal, depois de todo um
dia, adentrando pela noite até às 21h30min/22h, não é nada mole. E, ao chegar
em casa, ainda lá vou eu às minhas leituras ou ao meu notebook escrever essas
linhas. E, se diga que esses dias começam muito cedo, vez que por volta das
06h45min/07h já me encontro sob eucaliptos, caminhando, nas pistas do
"Parque dos Eucaliptos". Sim, no Parque Euclides Dourado, homenagem
da cidade ao seu criador, nos idos da Primeira República.
E a preocupação? Que quer ela de mim? Por que sua presença? Presença,
diga-se de passagem, indesejável.
O Cansaço fica explicado: é, realmente, por excesso de trabalho ou pouco
repouso. Tanto que quando repouso até onde meu corpo pede, restabelece-se meu
vigor e entusiasmo à luta.
A questão fica, portanto, por conta da preocupação que parece, para ela,
não ter remédio. No Brasil atual. Todo dia! Ah! Todo dia! Já não se suporta
mais.
Ontem, recebi algumas ligações de amigos, que falavam sobre nosso dia.
Dia do hoteleiro. Tive um susto! Confesso que estava completamente esquecido. E
a todos que me ligavam... E a todos com quem, presencialmente, conversava...
Meu Deus! Como pode? Logo eu, que fui presidente da Associação, aqui, de
Garanhuns. Que lha fui tão incentivador. Que, no ofício, sempre agi com vigor e
valentia na defesa da categoria? Esta que se organizou e se mantém organizada
desde 1936? Esta que orgulha nosso país, nosso estado e nossa cidade, gerando
emprego e renda para milhares. Na verdade, 1,3 milhão de empregos diretos e 665
mil de empregos indiretos. E que impacta dezenas de segmentos econômicos -
cerca de 52.
Enfim, logo eu? Logo tantos, como eu? No que pese os anos, as décadas, e
a honra de pertencermos à categoria em nossas cidades e fora delas?
Parei. Preciso pensar. E não demorou muito para chegar à razão de minha preocupação, que é de todos. Pelo menos de muitos desses todos. Muitos desses todos que me ligaram e conversaram comigo para dizer de suas situações.
Parei. Preciso pensar. E não demorou muito para chegar à razão de minha preocupação, que é de todos. Pelo menos de muitos desses todos. Muitos desses todos que me ligaram e conversaram comigo para dizer de suas situações.
Preocupações de muitos desses todos que dão conta de notícias nada
alvissareiras, máxime da parte de colegas independentes. A saber:
A I - Cortes de despesas. Reduções de quadros. E, com estes, ameaças de deficiências em seus serviços...;
A I - Cortes de despesas. Reduções de quadros. E, com estes, ameaças de deficiências em seus serviços...;
A II - Ausências de reinvestimentos. E, com estas, iminências de declínios
das Unidades Habitacionais...;
A III - Morosidade na execução das ampliações projetadas. E, com esta, tomada
do mercado por grupos nacionais ou internacionais em detrimento da excelência
da hotelaria independente.
Afinal, por que do registro de tantas notícias ruins, que levam à
categoria tanta preocupação?
É simples! A grande queda nas ocupações das Unidades Hoteleiras. Que
debilitam essas empresas, deixando-as impedidas de crescer. Ou, de pelo menos,
se manter.
Daí, muitas delas, fechando parcial ou totalmente suas portas. Porque
não chegam a atingir, sequer, seus pontos de equilíbrios. Enfim, sobretudo, por
conta desse imbróglio em que se meteu nosso país, prejudicando, grandemente, o
lazer das famílias, é de se dizer que neste dia o hoteleiro, sobretudo os
hoteleiros independentes, que estão à frente de seus negócios, e a eles
dedicados, não têm muita razão para comemorar.
No entanto, sou homem de fé e esperança, e, com esforço e dedicação, hei
de continuar apostando no retorno do segmento à sua vida normal. Posto que
saiba que o segmento será um dos últimos a provar dessa tão falada recuperação
econômica do país. Que demora. E demora...
Quero deixar as preocupações de lado. Mas... como fazê-lo? Como? O
cansaço é fácil, já vimos. Basta botar o corpo para repousar. Mas eu quero
deixar a preocupação de lado porque, enfim, eu quero fazer o que há de mais
importante ao hoteleiro: receber bem, bem servir, gerar satisfação. Em síntese:
praticar hospitalidade. E essa receita passo para todos os colegas preocupados.
Que esse imbróglio se vá logo, para podermos, apesar dos passageiros cansaços,
estar ativos com toda força e disposição, cuidando das pessoas que procuram as
nossas Unidades na esperança de serem bem recebidos.
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Figura Pública. Empresário.
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