segunda-feira, 12 de julho de 2021

Julho das Pretas: Prefeitura de Garanhuns se reúne com grupo de mulheres quilombolas

 Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos ouviu as demandas do “Mulheres Guerreiras Quilombolas” e acompanhará de perto suas ações


Neste mês, o Brasil celebra a 9ª edição do “Julho das Pretas”. A data é uma ação de incidência política e agenda conjunta com organizações e movimentos de mulheres negras do país. Em Garanhuns, a Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH), se reuniu nesta semana com o Grupo Mulheres Guerreiras Quilombolas. O momento foi realizado na sede do Cras Quilombo, na comunidade do Castainho.  

Na ocasião, a secretária Eliane Madeira conversou com a equipe de coordenação do grupo que é composto por 40 mulheres: “Nós demos a ideia de resgatar a ancestralidade dessas mulheres, sua cultura, culinária, música, dança, já que sempre existiu essa atuação tão forte das figuras femininas dos quilombos. Sugerimos que seja feito um resgaste desse histórico para que elas possam trabalhar daqui pra frente em suas reuniões a formação e conscientização das futuras gerações”, ressalta a secretária.

De acordo com a secretária do grupo Renata Félix, a reunião teve o intuito de apresentar as demandas das mulheres quilombolas e, a partir daí, contar com a parceria da Prefeitura de Garanhuns para a concretização de projetos. “Foi uma reunião muito produtiva. Nós solicitamos a parceria da Prefeitura para que outras ações possam ser realizadas por aqui e fomos ouvidas nesse sentido. Nós nos reunimos pelo menos uma vez por mês e trazemos sempre assuntos atuais e do passado, discutindo questões como o machismo ainda tão forte na nossa comunidade. Incentivamos as mulheres a lutarem por seus espaços, que elas podem sim sair de casa, trabalhar e terem sua própria fonte de renda”, conta Félix.

Sobre Julho das Pretas – A ação foi criada em 2013, pelo Odara – Instituto da Mulher Negra, e celebra o 25 de Julho: Dia Internacional da Mulher Negra Afro Latina Americana e Caribenha. Além do Instituto, a Rede de Mulheres Negras da Região Nordeste e a Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB), assumem o papel central de organização desta agenda.

Fotos: Divulgação / SASDH

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