Por Edmar Lyra
Pouco mais de 45 dias após a visita do ex-presidente Lula a Pernambuco, o governador Paulo Câmara, acompanhado do senador Humberto Costa, esteve em Brasília para um novo encontro com o líder petista e pré-candidato a presidente da República. Na pauta, a discussão nacional, e o reforço do alinhamento entre PT e PSB para viabilizar um projeto competitivo que faça frente ao projeto de reeleição do presidente Jair Bolsonaro.
No âmbito federal, o apoio do PSB é fundamental para fortalecer o projeto de Lula. A sigla é a segunda maior legenda de esquerda do país e possui capilaridade em todas as regiões do Brasil, mas com uma força ainda maior no Nordeste, onde Lula busca consolidar seu favoritismo frente a Bolsonaro. Diferentemente de 2018, quando o PT aceitou apenas que o PSB não apoiasse Ciro Gomes no âmbito nacional de modo formal, agora a expectativa petista é que o PSB volte a integrar a coligação liderada pelo PT após doze anos. Para Lula, esse apoio é primordial para que ele possa avançar na conquista de outros partidos de centro.
A contrapartida, evidentemente, será o apoio do Partido dos Trabalhadores ao candidato apresentado pelo PSB para governador de Pernambuco. Em que pese a hipótese de o senador Humberto Costa ser o candidato da Frente Popular a governador, alternativa ventilada nos bastidores, há uma avaliação que Humberto será um soldado da Frente Popular, aceitando estar em qualquer posição, desde que o projeto seja vitorioso em Pernambuco e ajude Lula a retomar o poder no âmbito federal.
O encontro serviu para evidenciar que PT e PSB estão cada vez mais sintonizados, cientes do seu papel tanto no âmbito federal quanto estadual e a busca pelo entendimento será cada vez mais latente e com um objetivo comum
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