O senador Marcos do Val (Podemos-ES), após ter sido alvo de buscas e apreensões em operação da Polícia Federal, disse, hoje, que “Moraes se sentiu afrontado por ser convocado em CPI”.
“Quando eu convoquei a participação dele na CPMI [dos Atos Golpistas] ele, com certeza, se sentiu afrontado. Eu fiz esse requerimento porque, no relatório da Abin, está informando que o STF e o Superior Tribunal Eleitoral foram comunicados anteriormente que, no domingo dia 8, aconteceria aquele fato. Então, eu fiz a convocação para que ele pudesse fazer a explicação”, diz o senador em entrevista à GloboNews.
A PF realizou buscas em endereços ligados ao senador em operação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), dentro do inquérito que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro. Moraes também determinou que do Val deve prestar depoimento. Foram apreendidos material como computadores, pen drives e telefone celular.
Do Val é investigado por obstruir as investigações. Indícios que basearam a operação são postagens em redes sociais. Em fevereiro deste ano, do Val acusou o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-deputado Daniel Silveira de organizarem uma reunião, no fim do ano, para propor o envolvimento do senador em um plano de golpe de Estado. Ele negou, após a operação desta quinta, que tenha contado mais de uma versão sobre o caso.
“Quando ele me incluiu lá atrás no relatório com o argumento de que dei várias versões, mas eu dei apenas uma versão na Polícia Federal e disse para todos. A versão dos fatos e a verdade absoluta está no depoimento que dei naquela época em fevereiro”, afirmou o senador.
Nenhum comentário:
Postar um comentário