Do Diário do Una, via blog do Silvinho
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Recentemente, a Auditoria Especializada em Saúde do Tribunal de Contas da União (TCU), confirmou que a Prefeitura de São Bento do Una desviou ao menos 265 mil reais de recursos da saúde para pagamento de festas, artistas, multas de carros e picolés.
O parecer da auditoria técnica do Tribunal se deu no seio do Processo TC 021.751/2024-2, fruto de representação do vereador Sidcley Do Hospital (PP).
O processo está sob relatoria do Ministro Benjamin Zymler, que agora irá expedir decisão sobre a matéria.
Quando o Tribunal de Contas da União (TCU) confirmar a decisão, o Prefeito e a Secretária poderão pagar multa e serem determinados a devolver, do próprio bolso, o dinheiro desviado.
MONTANTES - No total, foram desviados R$ 111 mil e 950 reais da saúde do município para festas, apresentações artísticas, fogos de artifício, picolés, ornamentações e buffets.
Mais de R$ 35 mil reais foram desviados para pagar aposentadorias e pensões, algo expressamente vedado pela legislação federal sobre o uso de recursos do SUS.
O desvio também foi feito com despesas toscas: mais de 30 multas e infrações veiculares foram pagas com dinheiro originalmente destinado para o SUS.
O Fundo Municipal de Saúde de São Bento do Una pagou até mesmo taxas cartoriais com dinheiro da saúde.
O TCU ainda investigará se os mais de 30 mil gastos em multas foram para veículos que pertencem, ou não, à Prefeitura.
ENQUANTO ISSO - Nas redes sociais, circulam diversos relatos de falta de atendimento médico adequado no Hospital Municipal Dr. José Antônio de Siqueira Neto, em São Bento do Una-PE.
Recentemente, uma criança de menos de 3 anos veio a óbito por aparente negligência médica. Nas várias entradas que a criança deu no Hospital de São Bento do Una, ela sempre recebeu o mesmo diagnóstico: "gripe".
Após obterem dinheiro para levar a criança em uma clínica particular, a família descobriu que se tratava de uma pneumonia, já em estado grave. A pediatra particular requisitou uma transferência em urgência para Caruaru, mas, infelizmente, a criança veio a óbito.
Da mesma forma, uma mulher infelizmente teve a gravidez interrompida por aparente negligência médica. A despeito dos diversos avisos da gestante acerca da natureza de risco de sua gravidez, a equipe do hospital adiou, por semanas, a realização da cesárea.
Uma outra criança também foi vítima de aparente negligência médica dos médicos plantonistas do Hospital Municipal de São Bento do Una. O atendimento se deu na madrugada e, ao que tudo indica, os médicos plantonistas não foram capazes de atender adequadamente o recém-nascido. A intervenção que a salvou foi realizada por uma pediatra particular, que atendeu no próprio hospital em caráter de urgência.
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