sábado, 20 de dezembro de 2025

Apesar do calendário turístico Garanhuns fica de fora: PIB dos municípios, conheça a cidade pernambucana que cresceu quase 40% em um ano

A capital, Recife, embora tenha mantido sua relevância, cresceu 10,4%, ficando ligeiramente abaixo da média estadual, segundo os dados do IBGE, Garanhuns apesar do Calendário turístico ficou de fora e nem de longe aparece ou configura como uma das cidades do Agreste Meridional que cresceu economicamente

Por JC

          Entrada da cidade de Lagoa Grande, no Sertão de Pernambuco - Ascom

O cenário econômico de Pernambuco em 2023 revelou um forte protagonismo do Sertão. Dados divulgados nesta sexta-feira (19) pelo IBGE mostram que o município de Lagoa Grande, localizado no semiárido e integrante da Região Administrativa Integrada de Desenvolvimento (RIDE) do Polo Petrolina e Juazeiro, registrou o maior crescimento econômico do Estado. Com uma expansão de 38,6% no Produto Interno Bruto (PIB) a preços correntes em relação ao ano anterior, a cidade saltou 12 posições no ranking estadual, consolidando-se como a 45ª maior economia de Pernambuco.

O desempenho de Lagoa Grande impressiona quando comparado à média de crescimento dos municípios pernambucanos, que foi de 10,8% no período. A capital, Recife, embora tenha mantido sua relevância, cresceu 10,4%, ficando ligeiramente abaixo da média estadual.

O que move a economia de Lagoa Grande é a produção de frutas. O município possui atualmente o segundo maior PIB agrícola da Região do São Francisco e é a quarta maior produtora de frutas do Brasil.

Na mesorregião do Sertão do São Francisco, o município, ao longo dos últimos 30 anos, ganhou infraestrutura expressiva de transportes e na prestação de serviços na exploração da uva que atende ao processamento do vinho. A agricultura representa 36% do valor adicionado bruto municipal, impulsionada pela fruticultura.
Destaques e contrastes regionais

Além de Lagoa Grande, outras cidades do interior apresentaram variações expressivas no PIB. No topo da lista de maiores crescimentos figuram São Joaquim do Monte (33,4%), São José do Belmonte (33,2%) e Canhotinho (31,9%).

Por outro lado, o levantamento aponta que cinco municípios enfrentaram queda em suas economias. As maiores retrações foram observadas em:Bezerros: -9,3%Sairé: -4,6%Panelas: -3,7%Joaquim Nabuco: -2,0%Escada: -1,4%
Panorama estadual e concentração

De forma geral, o crescimento conjunto dos municípios fez Pernambuco elevar sua participação na economia do Nordeste, embora o estado ainda se situe abaixo dos patamares pré-pandemia e atrás da Bahia em termos de volume total.

Um dado estrutural relevante é a dependência do setor de serviços, que reflete no índice de concentração de Gini do valor adicionado bruto. Pernambuco apresenta um índice de 0,783 nesta área, ocupando o primeiro lugar em concentração na região Nordeste. Apesar disso, o índice de concentração do PIB pernambucano como um todo é menor do que a média nacional (0,838), indicando uma distribuição de riqueza municipal menos desigual do que a observada no restante do Brasil.

No ranking das capitais, o Recife ocupa a 15ª posição nacional na razão entre o seu PIB per capita e o PIB per capita do País. O PIB per capita nacional para o ano de 2023 foi fixado em R$ 53.886,67.

VEJA AS MAIORES E MENORES VARIAÇÕES DO PIB EM PERNAMBUCO:

Lagoa Grande: +38,6%

São Joaquim do Monte: +33,4%

São José do Belmonte: +33,2%

Canhotinho: +31,9%

Saloá: +28,6%

Santa Maria da Boa Vista: +28,1%

São João: +27,6%

São Vicente Férrer: +27,1%

Chã Grande: +25,3%

Recife (Capital): +10,4%

Custódia: +0,6%

Santa Cruz: +0,4%

Timbaúba: +0,4%

Ilha de Itamaracá: +0,2%

Chã de Alegria: +0,1%

Escada: -1,4%

Joaquim Nabuco: -2,0%

Panelas: -3,7%

Sairé: -4,6%

Bezerros: -9,3%

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