quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

Raquel Lyra levará água para a vida das pessoas

 

Foto: Divulgação

Por Edmar Lyra

O leilão da concessão parcial do saneamento básico de Pernambuco, que será realizado nesta quinta-feira, na B3, em São Paulo, vai muito além de um evento técnico ou financeiro. Ele representa uma decisão política estruturante do governo Raquel Lyra para enfrentar um dos problemas mais antigos e sensíveis do Estado: a dificuldade histórica de garantir água tratada e saneamento básico à população. Com a previsão de R$ 19,1 bilhões em investimentos privados, o governo aposta na transformação do setor como instrumento direto de promoção da dignidade, da saúde e do desenvolvimento.

Por décadas, Pernambuco conviveu com um modelo engessado, limitado pela escassez de recursos públicos, pela burocracia e pela incapacidade de acompanhar o crescimento das cidades e as demandas do interior. A concessão surge como alternativa para romper esse ciclo, permitindo que a distribuição de água e os serviços de esgotamento avancem sem as amarras tradicionais do poder público. Com metas claras, prazos definidos e capacidade imediata de investimento, o novo arranjo cria as condições necessárias para acelerar a universalização da água no Estado.

A estrutura do projeto revela sua abrangência. O bloco RMR–Pajeú reúne 150 municípios, além de Fernando de Noronha, concentrando os maiores desafios de densidade populacional, redes antigas e altos índices de perdas. Já o bloco do Sertão, com 24 cidades, carrega um peso simbólico ainda maior: levar regularidade no abastecimento a regiões onde a água sempre foi sinônimo de incerteza. Ao manter a Compesa responsável pela produção e pelo tratamento da água, o governo preserva o controle estratégico do recurso, ao mesmo tempo em que destrava a operação e a expansão dos serviços.

Do ponto de vista político, Raquel Lyra faz uma escolha que exige coragem e sensibilidade. Concessões de saneamento costumam gerar resistência, ruído ideológico e disputas corporativas. Ainda assim, a governadora opta por uma agenda pragmática, centrada em resultados concretos. Saneamento não é discurso; é política pública essencial. Cada avanço na oferta de água e no tratamento de esgoto reflete diretamente na redução de doenças, na melhoria da educação, na valorização urbana e no fortalecimento da economia local.

Ao acompanhar pessoalmente o leilão nesta quinta-feira, Raquel Lyra reforça a centralidade do tema em sua gestão. A aposta no saneamento revela compreensão de que garantir água não é apenas investir em infraestrutura, mas cuidar da vida das pessoas. Em um Estado marcado por desigualdades históricas, levar água às torneiras significa levar saúde, dignidade e oportunidades. É uma agenda silenciosa, mas fundamental — e que tem potencial para se tornar uma das marcas mais consistentes do atual governo.

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