Não é opinião, é matemática. E, diferentemente de discursos, números não tropeçam nas próprias sílabas.
O mesmo sujeito que quebrou os Correios no passado conseguiu a proeza de quebrá-los novamente, mesmo após a estatal ter sido recuperada por seu antecessor. Um talento único em destruir duas vezes a mesma coisa e ainda se apresentar como salvador. Mesmo assim, não consegue levar dez pessoas às ruas para defendê-lo — talvez porque nem os Correios entreguem mais esse apoio.
Sua base política hoje é objetiva e mensurável: 4,4 mil novos cargos comissionados, distribuídos como brindes de fim de festa, e um grupo de “artistas” que já não conversa com o povo há muito tempo.
E há o Lula orador. Um espetáculo à parte. O homem que, ao tentar citar a Lei Magnitsky, entregou ao mundo a memorável Lei “Linguistiki” — um momento em que a diplomacia internacional encontrou a fonética do improviso. Discursos que soam menos como estadista e mais como um aluno inquieto da terceira série, com déficit de atenção e excesso de arrogância.
Ainda assim, esse mesmo governo oferece aos brasileiros um presente inesquecível: uma reforma tributária que nos empurra para o pódio mundial da maior carga de impostos, como se pagar mais fosse sinônimo de progresso espiritual. Um país onde o cidadão trabalha como americano, recebe como latino e paga imposto como se morasse na Noruega — sem os benefícios noruegueses, claro.
Portanto, chega de ser idiota útil da polarização. Não é mais sobre torcer pelo A ou pelo B, como se política fosse final de campeonato. A questão é colocar político canalha na geladeira da história e procurar com urgência, mas sem nenhuma emoção, alguém minimamente lúcido, ou com coragem, para nos tirar dessa lama.
O Brasil não precisa de ex-presidiários no poder e nem de torcida organizada. Precisa de vergonha na cara, memória e um dicionário.
A Toca do Lobo

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