Pernambuco somará empréstimos obtidos pela governadora em três anos de mandato para alavancar projetos como o Arco Metropolitano iniciado esta semana
Por TEREZINHA NUNES

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra - Miva Filho/Secom
Através de acordo fechado entre os poderes Legislativo e Executivo, a Alepe aprovará esta terça-feira o empréstimo de R$1.7 bi solicitado pela Governadora Raquel Lyra para ser viabilizado em 2026. Com esta última autorização, Pernambuco somará R$ 11 bi de empréstimos obtidos pela governadora em seus três anos de mandato para alavancar projetos estruturadores como o Arco Metropolitano, iniciado esta semana, a continuidade da duplicação da BR 232, a recuperação da malha viária de todas as regiões , em andamento, além de investimentos em saúde, educação e segurança.
Segundo o Governo do Estado, já neste ano de 2025, Pernambuco está recebendo R$5 bilhões em investimento e chegará aos R$7.5 bi em 2026. O secretário de planejamento Fabrício Marques afirma que este “é o maior aporte de investimentos feito em Pernambuco nos últimos 15 anos”. Por essa razão foi muito comemorado nos corredores do Palácio das Princesas o acordo fechado com a Assembleia esta segunda para que, além do empréstimo, se vote esta terça a Lei de Diretrizes Orçamentárias – LOA – que permitirá a execução do orçamento de 2026 sem atropelos.
O que mais se ouvia esta segunda-feira dos deputados estaduais eram demonstrações de alívio. Sem acordo, temia-se não só pela descontinuidade de projetos já iniciados como pelo que estava por vir caso a LOA não fosse aprovada. Da parte do Legislativo o temor era não ter até o final do ano a aprovação do acordo com o TCE que vai dar à Alepe um percentual maior para gastos com pessoal. Também se temia que não fosse assegurado o aumento do percentual de emendas parlamentares ou que a governadora, diante do impasse, não assinasse um decreto permitindo remanejamento do orçamento da Alepe este ano para assegurar o pagamento do salário de dezembro dos funcionários.
Na verdade, foi o decreto que permitiu por volta das 15 horas desta segunda que o acordo fosse fechado. O Palácio já havia feito uma contraproposta adiando para 2029 o percentual de 1.55 % da Receita Corrente Líquida para as emendas parlamentares – a Alepe queria que a aplicação se desse já em 2027 – mas a Mesa Diretora da Alepe resistia a ceder intrigada com o não cumprimento do primeiro ítem do acordo que vinha sendo desenhado que era a assinatura pela governadora até sexta-feira passada do decreto solicitado. Mas quando os deputados Antonio Moraes e Socorro Pimentel foram ao gabinete do presidente com a peça assinada por Raquel, a paz foi estabelecida.
Na pressa para votação 9 governistas faltaram
Demorou tanto o acordo entre a Alepe e o Palácio que não se acreditava mais na possibilidade da sessão plenária da Alepe acontecer esta segunda. Nem mesmo o almoço projetado pela Mesa Diretora para reunir governistas e oposicionistas foi suficiente. Às 14 horas quando, normalmente, o painel eletrônico do plenário é acionado embora a sessão comece por volta das 15 horas, o plenário estava completamente vazio e a informação que chegara do gabinete da presidência era que a sessão teria sido cancelada. Pouco depois, no entanto, houve o recuo e os deputados foram acionados para ocupar os seus lugares. Na pressa, 9 governistas não estavam presentes, mas as ausências foram supridas pela oposição para garantir 36 votos registrados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário