A
partir desta quinta-feira (30), pegar um táxi ficará mais caro. Os quase 18 mil
taxistas do Estado começam a praticar a bandeira 2 até as 22h do dia 31 de
dezembro. A medida, que foi tomada a pedido da categoria, acontece todos os
anos e visa garantir uma gratificação extra no período de festas, referente ao
13º salário dos profissionais. De acordo com o Sindicato dos Taxistas de
Pernambuco, o acréscimo será de 20% em cima da bandeirada, que, até ontem, era
de R$ 4,75. Ou seja, passa a custar R$ 5,70. Diante de tantas mudanças
provocadas pelos aplicativos de transporte urbanos, os profissionais da área
temem que esse seja mais um motivo para fuga de clientes.
O valor do quilômetro
rodado na Bandeira 2 é de R$ 2,79. O serviço de táxi especial de hotéis também
vai passar a funcionar na Bandeira 2, que nesse caso é de R$ 3,35 por
quilômetro rodado, sendo o valor da bandeirada R$ 5,76. No Recife, 6.126 táxis
cadastrados estão autorizados a operar com essa permissão. No Aeroporto
Internacional do Recife, o serviço de táxi especial terá uma tarifa adicional
nas viagens, que já é utilizada aos domingos e feriados e entre 22h e 6h de
segunda a sábado.
Já no Terminal Integrado de Passageiros (TIP), os táxis vão operar pela tabela
B, que corresponde à Bandeira 2 desses veículos. Após o dia 31 de dezembro, os
táxis devem voltar a operar normalmente. O preço do quilômetro rodado na
Bandeira 1 do táxi comum é de R$ 2,31, conforme informações da Companhia de
Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU).
Segundo o presidente do Sindicato da categoria, Everaldo Menezes, todos devem
praticar o valor, porque o direito está previsto em Lei. “Independentemente
disso, acreditamos que o cliente não deixará de usufruir do serviço”, disse,
sem entrar na polêmica da evasão de usuários em função dos aplicativos de
transporte alternativo. Para o taxista João José da Silva, 66 anos, a cobrança
vai acontecer porque é o único jeito de cobrir os custos com gasolina e
manutenção do veículo. “Não temos condições de cobrar um valor abaixo do
praticado”, revela, destacando que, para não onerar ainda mais as contas,
resolveu deixar os Apps. “O nosso ganho real ficava muito comprometido”,
lamentou.
Já para o também taxista Francisco Carlos Dino, 37 anos, não há como fechar as
portas para o mercado. O jeito foi se adaptar. Por isso, mesmo com a bandeira
2, o taxista continuará prestando o serviço com desconto via aplicativos, como
o Easy, por exemplo. “No meu táxi, estarei praticando a bandeira 2. Mas, para
os clientes que acionarem pelo Easy Economy, os descontos de 30% e sem bandeira
2 serão praticados”, adiantou. Inaldo Gomes, 50 anos, será mais flexível. “Se
eu perceber que a corrida valerá a pena, posso não cobrar a bandeira 2. O
esforço é para não perder a clientela, que já está muito pequena diante do
cenário que vivemos”, avaliou
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