Por Edmar Lyra
O prefeito do Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira, vinha articulando uma frente com a também prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, para disputar as eleições do próximo ano. O seu partido, o PL, estava em vias de formalizar uma aliança com o PSDB de Raquel Lyra. A filiação do presidente Jair Bolsonaro ao PL criou um sobrestamento na aliança com o PSDB no estado, mas segundo o prefeito de Jaboatão, não há definição para que a aliança com Raquel Lyra seja desfeita.
Apesar de não descartar a aliança com Raquel, é pouco provável que Anderson consiga formalizar uma coligação com a tucana, haja vista a conjuntura nacional, que cria um obstáculo, se não intransponível, mas muito difícil para avançar a aliança. Neste contexto, caberá a Anderson Ferreira atuar no sentido de liderar uma frente em defesa do presidente Jair Bolsonaro, seja na condição de candidato a governador ou na hipótese de tentar o Senado.
Da mesma maneira que há dificuldades nacionais para um entendimento com Raquel Lyra, a situação deve se repetir com Miguel Coelho, uma vez que como pré-candidato do União Brasil, Miguel estará formalmente num palanque oposto ao do presidente, o que assim como na aliança com Raquel, o PL fica impossibilitado de avançar com Miguel em Pernambuco.
Salvo aconteça nova reviravolta, Anderson Ferreira tende a ser o candidato de Jair Bolsonaro em Pernambuco, cabendo a ele definir qual será a melhor condição de disputa, se o cargo de governador ou se o de senador, mas dificilmente em outra chapa que não tenha na composição outro aliado formal do presidente na majoritária.
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