Por Wilson Lima, de O Antagonista — Deputados de partidos como Novo, PL e Cidadania fecharam questão e decidiram votar contra a PEC do Lula, independentemente das mudanças. A expectativa é que a matéria vá ao plenário da Casa ainda essa semana.
Ao todo, 53 parlamentares abriram o voto contrário ao texto (leia a lista abaixo). Entre eles, estão os bolsonaristas Sanderson (PL-RS), Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o ex-ministro Onyx Lorenzoni (PL-RS) e parlamentares do Novo, como Tiago Mitraud (MG), que foi candidato a vice na chapa de Felipe d’Ávila.
Pesou na decisão dos parlamentares o fato de que o texto aprovado no Senado não somente pode representar um desajuste nas contas públicas, como também a má sinalização que o governo eleito vem dando ao mercado, ao indicar, por exemplo, Fernando Haddad para o Ministério da Fazenda.
O texto aprovado pelo Senado amplia o teto de gastos em R$ 145 bilhões. Mas, como mostramos na semana passada, o rombo fiscal pode chegar a até R$ 195 bilhões, conforme relatório da consultoria do PSD na Câmara.
“Eu entendo que a origem [da PEC] é péssima. Além de ser um furo no teto, desacompanhado de qualquer medida fomentadora da economia, de reformas ou de programa de redução de despesa, ela é um ataque ao parlamento. Por dois anos, os deputados terão a sua função muito limitada no controle orçamentário”, disse o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS).
“Ela é uma PEC que merece ser enterrada. Quando Lula prometeu o que prometeu, ele tinha que ter feito a promessa de acordo om aquilo que o país poderia pagar. Vender ilusão para depois o parlamento pagar? Não”, acrescentou.
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