Por Edmar Lyra
Faltando pouco mais de quinze dias para o final do ano e a posse da governadora eleita Raquel Lyra, a classe política avalia que nunca houve tamanha falta de informação sobre quem integrará a equipe do futuro governo. As próprias especulações de roda de conversa que habitualmente acontecem nos períodos que antecedem as definições se tornaram escassas devido a postura da governadora eleita e de seus aliados mais próximos de não ter nenhuma sinalização.
Inclusive, começa a se avaliar que a governadora estaria encontrando dificuldades para formar o secretariado pela pouca atratividade salarial, uma vez que um secretário estadual ganha muito abaixo do que a iniciativa privada paga habitualmente para funções similares. Prova disso que tanto o ex-governador Eduardo Campos quanto o atual governador Paulo Câmara recorreram à solução de convocar quadros de outros órgãos como TCE, fazendários, etc.
Tanto aliados de primeira hora quanto aqueles que chegaram no decorrer do segundo turno estão sem saber a quem irão recorrer, uma vez que há um risco significativo de a equipe ser formada por desconhecidos da grande maioria da classe política e os primeiros momentos da relação que acontecem no intervalo entre a escolha do nome e a investidura efetiva do cargo estão prejudicados pela indefinição.
Para um parlamentar em reserva, deixar para depois dos festejos natalinos o anúncio da equipe poderá ser um fator complicador para o início do governo, que precisará formar maioria na Alepe e ainda não dará o tempo necessário para que os aliados não contemplados possam ruminar a decisão da governadora eleita.
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