Por Ricardo Antunes – O senador Humberto Costa (PT) fez um anúncio que, no próprio íntimo, nem ele mesmo acredita: o presidente eleito Lula (PT) tratará a governadora eleita Raquel Lyra (PSDB) de forma igual a todos os demais gestores estaduais. Uma pura balela, sabendo como a política é e como são os políticos que só vivem pensando em eleição.
O primeiro ponto é que Raquel é tucana, tal qual o governador reeleito do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. Ambos despontam na renovação do PSDB e não pediram voto para o petista no segundo turno contra Bolsonaro. O gaúcho inclusive já é virtual candidato à Presidência da República em 2026. Ou seja, potencial adversário de Lula, que terá 81 anos, mas quem ousa duvidar que ele será candidato à reeleição?
A esperança de Leite e Raquel reside no vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, que deixou o tucanato após mais de 20 anos e ingressou no PSB para integrar a chapa vencedora. No entanto, Lula não vai dar toda a colher de chá que muitos alardeiam. Os próprios petistas locais – Humberto incluso – veem duas brechas importantes para tentar tomar o poder em Pernambuco, nas eleições municipais de 2024 e nas gerais de 2026.A sigla está de olho na sucessão de João Campos (PSB) no Recife e da própria Raquel no Estado. Para isso, não deve haver o pão de ló aguardado, mas um tratamento a conta gotas, sob ressalvas, enquanto se espera que a imagem de Lula alavanque seus correligionários no Estado.
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