Por Edmar Lyra
A nova composição da Assembleia Legislativa de Pernambuco eleita em outubro deste ano deverá criar o surgimento de novas lideranças para dentro da Casa de Joaquim Nabuco após um fortalecimento de nomes como Romário Dias, Guilherme Uchoa e Eriberto Medeiros, que presidiram o legislativo estadual por cerca de vinte anos.
A própria eleição que levou para a Câmara dos Deputados Clodoaldo Magalhães, Eriberto Medeiros, Guilherme Uchoa Junior e Lucas Ramos, nomes com potencial de ocupar postos de destaque na Casa contribuiu de forma significativa para este surgimento de novas lideranças.
Outro fator é que até o presente momento, a governadora eleita Raquel Lyra (PSDB) não designou uma pessoa para fazer a interface entre executivo e legislativo, habitualmente representada pela figura do secretário da Casa Civil, que não há oficialização sobre quem será. Então o ambiente da Casa em ebulição já propiciou o lançamento das candidaturas de Álvaro Porto e Antônio Moraes à presidência da Casa e uma infinidade de nomes para a primeira-secretaria, o que abre caminhos para a formação de blocos, a exemplo do grupo dos trinta deputados que sinalizaram garantir a governabilidade, e agora a criação de dois sub-grupos dentro da própria Casa, a exemplo do bloco PP/União Brasil anunciado ontem e um outro bloco com integrantes do Solidariedade, do PL, do Republicanos, do Patriota e um deputado do próprio União Brasil, Romero Albuquerque, que chegou a treze integrantes.
Os parlamentares veem essa condição como uma chance de ampliar espaços na mesa diretora e ganhar poder de fogo em relação ao Palácio do Campo das Princesas, que precisará urgentemente avançar com seu interlocutor da Alepe, sob pena de perder as rédeas da eleição da mesa diretora que acontecerá em fevereiro.
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