Por Magno Martins
Faltando pouco mais de 20 dias para acabar o ano, tendo pelo meio as festas de Natal e Réveillon, a governadora eleita Raquel Lyra (PSDB) ainda não sinalizou para nenhuma liderança do arco de apoio ao seu futuro governo quanto às negociações para montagem do Secretariado e segundo escalão.
Políticos das mais múltiplas tendências ouvidas pelo blog, inclusive gente que a acompanhou nas duas gestões dela como prefeita de Caruaru, têm pelo menos uma opinião em comum: a tucana governará com o seu núcleo duro, que passa pelas pastas estratégicas, abrindo mão de poucas áreas para indicações políticas.
Duas lideranças terão forte influência: o ex-senador Armando Monteiro Neto e o presidente nacional do PSDB em fim de mandato, Bruno Araújo. O primeiro por ter sido o criador e maior incentivador da candidatura ao Palácio das Princesas quando ela nem sonhava nem o pai, o ex-governador João Lyra Neto, acreditava.
Já Bruno, não apenas acatou a sugestão de Armando para entregar o comando estadual da legenda tucana a Raquel, como criou as condições naturais para a candidatura dela, viabilizando a logística de toda a campanha, principalmente no segundo turno. Até o senador cearense Tasso Jereissati, ex-presidente do PSDB, deu uma contribuição financeira pessoal para a aliada em Pernambuco.
Armando e Bruno, entretanto, não vão ocupar cargo nenhum, até porque as inserções de ambos deixaram, há muito tempo, de ser domínio territorial de Pernambuco para ganhar destaques no plano nacional. Mas se constituirão conselheiros e interlocutores privilegiados, podendo, se for o caso, sugerir até nomes de aliados para o primeiro escalão da governadora.
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