Por Magno Martins
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva |
Em Pequim, no hotel em que o presidente Lula se hospedou, o Governo brasileiro – nós, pobres mortais contribuintes – pagou a bagatela de R$ 66 mil por uma diária. Um luxo que contrasta com a pobreza brasileira: acesso privado com cama King, banheiro em mármore, banheira de hidromassagem com vista deslumbrante para a capital chinesa, coquetéis de cortesia e um belíssimo espaço de 200 metros quadrados, com mordomo à disposição.
A suíte presidencial conta ainda com duas salas, uma de estar, outra de jantar, com espaço até para dez pessoas confortavelmente ocupadas. Só de impostos e taxas, o luxo de Lula custou uma fortuna – quase R$ 10 mil por dia. Ao tomar conhecimento disso, ontem, recordei de Joãosinho Trinta, o maior dos carnavalescos da Sapucaí, quando disse: “Pobre gosta de luxo, quem gosta de lixo é intelectual”.
Mas Lula não é pobre. Já foi, num passado muito distante. Candidato ao Planalto nas eleições passadas, declarou à justiça eleitoral um patrimônio de R$ 7.423.725,78. O petista informou que possui três imóveis, três terrenos, uma construção, um veículo e algumas aplicações, incluindo uma participação na empresa LTDA. O patrimônio de Lula diminuiu 7% desde a última eleição.
Em 2018, quando tentou se candidatar à Presidência, mas foi impedido porque estava preso, Lula declarou um patrimônio de R$ 7,98 milhões. Entre os candidatos, segundo o TSE, foi o terceiro maior patrimônio, perdendo apenas para Felipe D’ávila, do Partido Novo, e Pablo Marçal, do Pros. Mas Lula não pagou o hotel com o dinheiro dele.
Sugou dos cofres de uma nação que tem 40 milhões de miseráveis. Em cinco anos, aumentou em cerca de três milhões o número de pessoas no País em situação de insegurança alimentar grave (fome), chegando a, pelo menos, cerca de 10,3 milhões de brasileiros nesta situação. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Entram na conta somente os moradores de domicílios permanentes, ou seja, estão excluídas do levantamento as pessoas em situação de rua, o que aumenta ainda mais o rastro da fome pelo País. Outro número assustador vem do CadÚnico (Cadastro Único para programas sociais do governo federal): são mais de 14 milhões de famílias que vivem na extrema pobreza e estão cadastradas no programa do governo. Isso corresponde a 39,9 milhões de pessoas que vivem na extrema pobreza no Brasil, segundo dados do Ministério da Cidadania. Essas famílias vivem com renda per capita de até R$ 89 por mês.
Quase uma África – A desigualdade é uma praga que assola o Brasil desde sempre e que criou raízes profundas. Um dos mais conhecidos indicadores de desigualdade é o Índice de Gini. Ele varia de zero, que representa a perfeita igualdade, até 1, a desigualdade máxima. No Brasil, o índice ficou em 0,543. No ranking internacional da desigualdade, o Brasil ocupa a posição 156, abaixo de Botsuana, na África, Colômbia e México.
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