Além das questões relacionadas à comunicação e à educação científica, a iniciativa também visa contribuir com a segurança do planeta Terra
O Observatório Astronômico do Alto da Sé e o Espaço Ciência, em Pernambuco, estão participando do Caça Asteroides MCTI 2023. O programa é uma parceria entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e o International Astronomical Search Collaboration (IASC/NASA Partner), com objetivo de popularizar a ciência entre cidadãos voluntários. O programa, de abrangência nacional e internacional, acontece desde 2020 e vai para a sua 4ª edição este ano. O Observatório conta com duas equipes envolvidas na ação.
Os participantes recebem instruções para a acessar e a usar uma plataforma do IASC, da NASA, que recebe imagens do Telescópio NASA Infrared Telescope Facility, pertencente à Universidade do Havaí.
"A participação é uma oportunidade importantíssima para a formação dos educadores, que são universitários e bolsistas da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (FACEPE)", comenta Cleiton Batista, especialista em Ensino de Astronomia e integrante do Núcleo de Educação do Espaço Ciência.
"Eles verão na prática como atuam os astrônomos na análise de imagens capturadas por grandes telescópios, contribuindo diretamente para a comunidade científica e sociedade civil, visto que os asteroides podem causar impactos globais", complementa.
Além das questões relacionadas à comunicação e à educação científica, a iniciativa também visa contribuir com a segurança da Terra. É por meio de esforços colaborativos semelhantes ao Caça Asteroides que inúmeros asteroides são identificados anualmente. Essa é uma forma de nos prevenirmos contra possíveis ameaças ao nosso planeta.
Além da Nasa e do MCTI, o Caça Asteroides conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Secretaria Estadual de Educação de Mato Grosso (SEDUC/MT).
Asteroides que celebram Pernambuco
Asteroide é um pequeno corpo celeste que gravita em torno do Sol. A maioria encontra-se em órbitas entre Marte e Júpiter, numa região conhecida como Cinturão de Kuiper, ou cinturão de asteroides.
A origem dos asteroides ainda é duvidosa, o que leva alguns autores a descrever que eles seriam um planeta que teria explodido. Ou, ao contrário, uma matéria que desde a formação do sistema solar, não teria se condensado.
Em 1801, foi descoberto Ceres, que até então era denominado como planeta, o que perdurou por meio século, e na década de 1860 foi reclassificado como asteroide. Mas, em 2006, a União Astronômica Internacional criou a categoria de planetas-anões, ao qual, Ceres foi incluído.
Existem pelo menos dois desses corpos celestes cujos nomes de batismo celebram o estado de Pernambuco: o asteroide 10468, descoberto em 1981, que no ano passado ganhou o nome de Itacuruba; e o asteroide 158520, batizado em 2013 com o nome do Químico pernambucano Ricardo Ferreira.
Foto: Espaço Ciência/Divulgação
Asteroide: Pixabay
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