Por Ricardo Antunes — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, junto com sua comitiva, esteve em Pequim para se encontrar com o líder chinês Xi Jinping, ocasião em que foram anunciados 15 acordos bilaterais que podem representar um investimento de R$ 50 bilhões. Entre eles, destacam-se os memorandos de entendimento sobre infraestrutura e parcerias público-privadas entre os ministérios das Finanças chinês e brasileiro, além de um protocolo para fabricar e operar satélites.
Também está previsto o estabelecimento da montadora de carros elétricos BYD na Bahia. Em relação à agricultura, há um plano para certificação eletrônica de carnes e um protocolo para a abertura aduaneira do mercado chinês para farinhas de suínos e aves. Embora os acordos anunciados não mencionem a adesão à Iniciativa Cinturão e Rota, um programa de infraestrutura de Pequim voltado para o exterior, espera-se que isso seja mencionado na declaração conjunta final.
Lula destacou a importância de uma relação bilateral que transcenda o interesse comercial e afirmou querer elevar o patamar da parceria estratégica, equilibrando a geopolítica mundial. Em discurso na reunião com Xi, o petista também defendeu uma parceria para construir uma política de desenvolvimento no Brasil no campo da energia.
Essas declarações ocorrem em um contexto de crescente disputa entre Estados Unidos e China, o que aumenta os questionamentos de Washington sobre aliados chineses.
SATÉLITE
O satélite desenvolvido entre Brasil e China, chamado de CBERS-6, deve ter um custo total de até US$ 140 milhões. Ele terá como principal novidade o uso de tecnologia por radar para monitoramento ambiental em áreas da Amazônia, e suas imagens coletadas serão públicas. O Inpe será o responsável por operá-lo no Brasil.
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