Raquel Lyra, ministros e bancadas do estado na Câmara e no Senado discutem prioridades de Pernambuco para destinação de recursos do orçamento da União
Raquel Lyra se reúne com bancada federal de Pernambuco para discutir emendas do orçamento federal (Luara Baggi/ASCOM/MCTI)
Enquanto o relacionamento da governadora Raquel Lyra (PSDB) com o legislativo estadual anda bem azedo, os coordenadores da bancada federal de Pernambuco pregam a união. Ontem, em Brasília, a tucana, em uma articulação dos deputados Augusto Coutinho (Republicanos) e Carlos Veras (PT) conseguiu reunir 21 dos 25 parlamentares, além de todos os três senadores e três dos quatro ministros pernambucanos. Na próxima sexta-feira (27), a bancada se reunirá com o prefeito do Recife, João Campos (PSB), às 11h, na sede da prefeitura, para dar andamento aos debates sobre as emendas parlamentares.
No encontro, Raquel Lyra solicitou apoio no repasse de recursos via emendas para garantir ações de governo e obras estruturadoras. Entre elas, as conclusões da 1ª etapa da Adutora do Agreste e do Canal do Fragoso e a requalificação da BR-232. A expectativa é que o Estado receba no próximo ano cerca de R$ 1,4 bilhão destinado pelos deputados e senadores.
Também foram discutidos temas como a reforma tributária e a renovação de benefícios e incentivos fiscais da indústria automobilística. "E a capacidade que os estados vão ter de opinar sobre os rumos dos tributos do Brasil nos próximos anos”, completou Raquel Lyra.
De acordo com o deputado federal Augusto Coutinho, a reunião demonstra que quando o interesse é de Pernambuco não há colorações partidárias. "A gente se junta para defender nosso estado", afirmou Coutinho. Faltaram à reunião, os deputados Lucas Ramos (PSB), Felipe Carreras (PSB), Luciano Bivar (União Brasil) e Waldemar Oliveira (Avante).
Já o clima com a Assembleia Legislativa de Pernambuco, ao que parece, é tenso. Na semana passada, a governadora sofreu uma derrota ao ter os vetos ao Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) derrubados. Antes, Raquel não conseguiu eleger o nome de sua indicação para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE). A iniciativa mostrou fragilidade na articulação política do governo e foi um claro recado de governistas e oposicionistas sobre a autonomia da Casa Joaquim Nabuco.
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