Dados da Secretaria do Tesouro Nacional divulgados neste segunda-feira (23) indicam uma economia de R$ 420 milhões com custeio da máquina pública no estado
Aumento das despesas com custeio ficou abaixo da inflação (Miva Filho/Secom-PE)
Pernambuco é o estado do Nordeste com a maior redução de gastos para custeio da máquina pública. É o que aponta o relatório de análise dos entes subnacionais, publicado nesta segunda-feira (23), pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), vinculada ao Ministério da Fazenda. De acordo com o relatório, que considerou o período de de janeiro a agosto de 2023, as despesas correntes estaduais cresceram apenas 2% em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto a média dos entes da federação foi de 11%.
No Brasil, Pernambuco ficou em quarto lugar, atrás apenas de São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal. Segundo os dados, o incremento de despesas no estado foi de 2%, figurando abaixo da inflação (IPCA) do período, próximo a 5%. “O resultado confirma a eficácia do nosso Plano de Qualidade do Gasto, uma medida adotada ainda na primeira semana de governo. Precisamos arrumar a casa e as contas estaduais, garantindo que os recursos pagos pelos impostos se transformem em melhorias para a população”, afirmou a governadora Raquel Lyra (PSDB).
De acordo com o Governo de Pernambuco, destacam-se entre exemplos de economia este ano, as despesas com serviços de consultoria, R$ 31,6 milhões de redução; aquisição de combustíveis e lubrificantes, R$ 20,4 milhões; e diárias, hospedagens e passagens, R$ 5,1 milhões. No total, considerando as despesas de custeio não obrigatórias, houve economia de R$ 420 milhões no período. O cenário de despesas correntes ainda é impactado pela expansão das despesas de pessoal, que somam 12%.
“O objetivo é transformar a despesa em gasto qualificado, em mais investimento e transformação na vida dos pernambucanos”, explica o secretário da Fazenda, Wilson de Paula. Além do Plano de Qualidade do Gasto Público, o governo informou que abriu outra frente para melhoria das contas públicas, com diálogo junto ao governo federal. Por meio da medida, foi registrada a captação recorde de operações de crédito, que já totalizaram R$ 3,4 bilhões, valor superior à soma dos recursos nos últimos dez anos.
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