Por Edmar Lyra
A movimentação do presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, Álvaro Porto, em direção ao comando estadual do PSDB reforça seu protagonismo no cenário político estadual e pode ter desdobramentos significativos para 2026. O encontro com lideranças nacionais da sigla, como Aécio Neves, Paulo Abi-Ackel, Adolfo Viana e Bruno Araújo, demonstra que há interesse na sua liderança para reorganizar o partido no estado, e Porto desponta como o único nome com real capacidade de montar uma chapa competitiva para a Câmara dos Deputados.
Caso assuma o PSDB, Porto terá força para ampliar a bancada da sigla na Alepe e consolidar um grupo competitivo para as eleições proporcionais. Além disso, a pré-candidatura de seu filho, Gabriel Porto, a deputado federal, poderia se beneficiar dessa estruturação, consolidando um projeto político de longo prazo para sua base.
Entretanto, a articulação de Álvaro Porto não se limita às eleições proporcionais. Com a governadora Raquel Lyra enfrentando desafios e o PSB buscando um nome forte para retomar o comando do estado, Porto pode se tornar peça-chave nas negociações para uma chapa majoritária. Se o PSDB se alinhar ao PSB, ele poderia ser um nome viável para compor a chapa como candidato a vice-governador, garantindo apoio na Alepe e fortalecendo a candidatura no interior, onde tem influência consolidada.
Outra possibilidade seria uma candidatura ao Senado, caso o PSB opte por um arranjo que contemple diferentes partidos. Nesse caso, Porto poderia usar sua capilaridade política e o peso do seu cargo para disputar uma vaga no Congresso Nacional.
As conversas em Brasília devem continuar nos próximos meses, mas o sinal já foi dado: Álvaro Porto tem respaldo e pode se tornar o comandante do PSDB em Pernambuco. Se isso acontecer, o partido ganhará um líder com capacidade real de articulação e crescimento, o que pode redesenhar o jogo político no estado e colocá-lo no centro da disputa majoritária em 2026.
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