Por Edmar Lyra
No próximo dia 19 de agosto, o tabuleiro político brasileiro será redesenhado com a formalização da federação União Progressista, fruto da união entre o Partido Progressistas (PP) e o União Brasil. A nova federação nasce como a maior força política do Congresso Nacional, somando 109 deputados federais e 14 senadores, superando, em número de parlamentares, siglas historicamente dominantes no cenário nacional. A movimentação simboliza não apenas uma estratégia institucional de fortalecimento da direita e centro-direita, mas também a consolidação de lideranças que têm se destacado nos bastidores e nas urnas — entre elas, o pernambucano Eduardo da Fonte.
Presidente nacional do PP, o senador Ciro Nogueira não tem escondido sua aposta em Eduardo da Fonte como um dos principais nomes da nova federação. Em declarações recentes, Ciro cravou: em 2027, o pernambucano será o líder da União Progressista no Senado, escancarando a intenção do grupo de lançar Dudu da Fonte como pré-candidato ao Senado nas eleições de 2026. O gesto vai além de uma sinalização política — é o reconhecimento de um projeto construído com solidez ao longo de quase duas décadas.
Com cinco mandatos consecutivos na Câmara dos Deputados, Eduardo da Fonte consolidou-se como uma das maiores lideranças políticas de Pernambuco. Em 2010 e 2014, alcançou votações expressivas, ultrapassando a marca dos 330 mil votos, sempre figurando entre os mais votados do estado. Em 2022, realizou um feito raro ao eleger o filho, Lula da Fonte, também deputado federal, formando uma dobradinha familiar em Brasília que simboliza não só poder político, mas também capacidade de articulação e manutenção de base.
Até recentemente, Eduardo já era uma força considerável dentro do PP, comandando uma estrutura com oito deputados estaduais e quatro federais. Agora, sob a bandeira da União Progressista em Pernambuco, amplia sua esfera de influência, passando a liderar uma federação com sete deputados federais e treze estaduais — uma das maiores bancadas do estado. Com essa base robusta, ele entra na disputa pelo Senado com peso político e estrutura suficientes para enfrentar qualquer adversário.
A candidatura de Eduardo ao Senado é vista internamente como estratégica: ele alia capital eleitoral comprovado, presença nos municípios e trânsito entre diversas correntes políticas. Seu estilo pragmático, voltado para temas populares como o combate aos aumentos abusivos de tarifas e a defesa do consumidor, o aproximou de setores diversos do eleitorado pernambucano.
Com a formalização da União Progressista, Eduardo da Fonte passa a ter nas mãos não apenas uma sigla fortalecida, mas um verdadeiro projeto de poder. A pré-candidatura ao Senado, portanto, surge não como uma aposta isolada, mas como parte de uma engrenagem maior que visa reposicionar a federação como protagonista no Nordeste. Se conseguir unir sua força eleitoral ao prestígio que tem entre as lideranças nacionais, Dudu pode transformar 2026 em seu maior salto político — e levar a nova federação consigo.
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