terça-feira, 26 de agosto de 2025

Tarcísio surge como um caminho viável e seguro para 2026

 

Foto: Divulgação

Por Edmar Lyra

A pesquisa divulgada nesta segunda-feira (25) pelo Instituto Paraná Pesquisas trouxe números que reforçam uma leitura central para o cenário político brasileiro: a eleição presidencial de 2026 tende a repetir a polarização entre Lula e Jair Bolsonaro, mas com espaços abertos para uma terceira via que dialogue com o eleitorado de centro-direita e seja capaz de derrotar o atual presidente. Os dados mostram um empate técnico entre Lula (34,8%) e Bolsonaro (35,2%) no primeiro turno. Em cenários de segundo turno, o petista aparece em desvantagem contra o ex-presidente, mas também empata tecnicamente com Michelle Bolsonaro e Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo.

É nesse contexto que o nome de Tarcísio Gomes de Freitas começa a ganhar ainda mais relevância no debate político nacional. Diferente de Bolsonaro e da sua família, Tarcísio não carrega o peso de investigações, rejeições históricas ou crises institucionais. É um político que se apresenta como gestor, técnico e equilibrado, capaz de manter a base bolsonarista mobilizada sem, no entanto, afugentar setores moderados que rejeitam tanto Lula quanto o bolsonarismo raiz. Essa é a chave que pode transformar o governador paulista em uma alternativa real de vitória em 2026.

A pesquisa mostra que Lula, mesmo ocupando a Presidência, segue com aprovação limitada a 42,9%, enquanto a reprovação alcança 53,6%. Além disso, 44,6% dos brasileiros classificam sua gestão como ruim ou péssima. Esse dado, isolado, já demonstra a fragilidade do presidente e a dificuldade que terá em buscar a reeleição. A estratégia lulista será apostar na comparação com Bolsonaro e tentar reproduzir a narrativa de 2022, quando o medo da volta do ex-presidente foi determinante. Entretanto, em um cenário com Tarcísio, essa narrativa perde força.

O governador paulista apresenta um perfil mais jovem, gestor e capaz de dialogar com o mercado e com as forças políticas que cobram previsibilidade e estabilidade. Ao contrário de Bolsonaro, que se alimenta do confronto e do caos institucional, Tarcísio constrói a imagem de quem pode pacificar e reorganizar o país. É por isso que, na simulação de segundo turno, empata com Lula (41,9% a 41,9%), um desempenho notável para alguém que ainda não está oficialmente colocado como pré-candidato.

O que a pesquisa Paraná Pesquisas evidencia é que a insistência na reeleição de Lula ou na candidatura de alguém da família Bolsonaro é a garantia de mais quatro anos de crise, instabilidade e paralisia política. O Brasil não suporta continuar nesse ciclo de confronto permanente, que sufoca a economia, aumenta a desconfiança dos investidores e impede a construção de uma agenda estratégica de desenvolvimento. Lula representa o desgaste de um governo que já não entrega resultados, enquanto os Bolsonaro carregam a herança de conflitos institucionais que dividiram o país.

Neste quadro, apenas um nome como Tarcísio de Freitas parece ter condições reais de derrotar Lula, atrair apoios fora do núcleo bolsonarista e viabilizar um projeto de futuro para o Brasil. A eleição de 2026 pode se transformar em um divisor de águas: ou a repetição da crise com Lula e o bolsonarismo, ou a chance de renovação com um líder que reúne credenciais técnicas, experiência administrativa e capacidade política para unir o país em torno de uma agenda estratégica de crescimento e estabilidade.

Com os números de hoje, fica claro que Tarcísio não é apenas uma alternativa especulativa: ele já desponta como o nome capaz de quebrar a polarização e pavimentar um novo caminho para o Brasil.

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